Breve Histórico da EF União Valenciana

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Paulo ITT
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Breve Histórico da EF União Valenciana

Mensagem por Paulo ITT » 20 Mar 2013, 11:17

BREVE HISTORICO DA E. F. UNIÃO VALENCIANA
1871 : início da operação – encampamento da linha: 1910 – fechamento da linha : 1971/1973

Estações:
Desengano (Barão de Juparanã), Quirino, Carvalho Borges, Esteves, Chacrinha, Valença, General Osório, Santa Ignacia, Vila Pentagna (Rio Bonito), Coroas, Guimarães, Alberto Furtado (Santa Delphina), Duque (Parada Souza Lima), Parapeúna (Rio Preto), Fernandes Figueira (São Luiz), Coronel Cardoso, João Honório (Santa Clara), Barbosa Gonçalves.

Linha Original
Em 1871
Desengano (Barão de Juparanã), Quirino, Carvalho Borges, Esteves, Chacrinha, Valença.

Em 1879
General Osório, Santa Ignacia.

Em 1880
Vila Pentagna (Rio Bonito), Alberto Furtado (Santa Delphina), Duque (Parada Souza Lima), Parapeúna (Rio Preto*).
*A estação ficava na margem fluminense do Rio Preto e a Cidade de Rio Preto do outro lado da margem, já no Estado de Minas Gerais.

A partir de 1910, já pela RVF (Rede de Viação Fluminense), Ramal de Jacutinga da Linha Auxiliar.
A partir de Valença - sentido Santa Rita da Jacutinga(MG):
Coroas, Guimarães, Fernandes Figueira (São Luiz), Coronel Cardoso, João Honório (Santa Clara), Barbosa Gonçalves.

A partir de Governador Portela – sentido Valença:
Monsores, Morro Azul, Sacra Família, Barão do Amparo, Eng. Nóbrega, Vassouras, Barão de Vassouras, Barão de Juparanã (EFCB).
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Possível Traçado

Original

Imagem

Verde médio EF União Valenciana e EF Rio das Flores.
Vermelho: EF D. PedroII

Ampliado pela RVF

Imagem

Verde médio + Amarelo: Ramal de Jacutinga e Afonso Arinos.
Verde: RVF (Rede de Viação Fluminense) Linha Auxiliar
Laranja: EF do Sapucaí
Vermelho: EF Central do Brasil
Amarelo: EF Rio D’Ouro
Verde Limão*: Traçado de Projeto de Expansão para Minas Gerais – ligação Taboas Tinguá

*O projeto de expansão citado estará mais detalhado no Breve Histórico da E F de Rio das Flores.

HISTÓRICOS .

Estações Ferroviárias do Brasil

Cia. E. F. União Valenciana foi aberta em 1871, ligava Valença a Desengano (Juparanã). Em 1880, foi prolongada até Rio Preto. Somente em 1910, com a criação da Rede Viação Fluminense, da Linha Auxiliar encampada pela EFCB, foi que se abriu um ramal unindo Governador Portella a Barão de Vassouras e daí se fez a bitola mista, pela linha do Centro, até Desengano, unindo-se Portella a Rio Preto, ao mesmo tempo em que se prolongava a linha até Santa Rita do Jacutinga, na Rede Sul-Mineira, onde a ela se ligou em 1918. Para que tudo isso se concretizasse foi necessário também a redução de bitola da antiga Valenciana de 1m10 para métrica. Em 1963, o trecho entre Portella e Barão de Vassouras foi entregue à Leopoldina, enquanto o trecho restante continuou com a Central. Mas em 1970 os dois trechos foram extintos e os trilhos retirados.

http://www.estacoesferroviarias.com.br/ ... alenca.htm
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Valença de Ontem e de Hoje

Leoni Iorio, 1953

Apresentação
http://www.geocities.ws/leoni_iorio_val ... ntacao.htm

Aspectos Economicos - Capítulo 5 - Parte 04

Original encontrado em:

http://www.geocities.ws/leoni_iorio_val ... arte_4.htm

Estrada de Ferro

Pelo decreto n. 8.641, de 27 de abril de 1866, o governo concedia privilégio, por espaço de 90 anos, à Companhia União Valenciana que se obrigava, então, a construir uma estrada de ferro que, partindo da cidade de Valença, fosse comunicar-se com a Estrada de Ferro D. Pedro II (bitola larga), em Desengano.
A construção da antiga estrada de ferro “União Valenciana” foi autorizada pelo decreto N. 3.945, de 11 de setembro de 1867. A 4 de janeiro de 1868, tomaram-se as primeiras medidas para o inicio das obras de construção da “União Valenciana”, ficando, pelo decreto No. 4.246, de 19 de outubro de 1868, assentadas as bases para as tarifas desse ramal.
A 25 de outubro de 1868, organizou-se a Cia. Estrada de Ferro União Valenciana, e a sua diretoria recebia propostas para a construção do leito da estrada de ferro, marcando o prazo até 8 de novembro para seu recebimento.
Pelo decreto de 21 de outubro de 1868, foi fixado o capital da Companhia, cujo fundo social era de Cr$ 600.000,00, mais tarde elevado para Cr$ 800.000,00, e o governo da Província do Rio de Janeiro, por força da lei N. 1.459, de 15 de janeiro de 1869, adquirira 1.000 ações no valor nominal de Cr$ 200,00.
Pelo decreto N. 4.393, de 19 de julho de 1869, foram definitivamente aprovados os planos da estrada, organizados pelo engenheiro-chefe da Cia. — Herculano Veloso Ferreira Pena. Achava-se a estrada dividida, para efeito de construção, em oito seções, atingindo cada uma a 3 quilômetros de extensão, com exceção da sexta seção, que era de 4 quilômetros.
A primeira enxadada com que se iniciaram as obras verificou-se no dia 4 de fevereiro de 1869, às 9 horas da manhã, nas proximidades da cidade de Valença, sendo, em seguida, atacada a construção em vários pontos da linha projetada. O trecho entre Desengano (antiga Juparanã) e Valença, que constituía a 1a seção, compreendia as estações de Quirino, Esteves, Chacrinha e Valença, foi dado ao tráfego no dia 18 de maio de 1871, inaugurando-se, assim, o primeiro ramal da “União Valenciana”. A sua construção importou em Cr$ 742.531,44.

Imagem
A primeira locomotiva que correu entre Desengano e Valença em 1871

A “União Valenciãna” foi construida por iniciativa particular, havendo sido os seus principais patrocinadores o Visconde do Rio Preto e o comendador Manoel Antônio Esteves.
Por ocasião da inauguração dessa estrada, segundo noticiário da época, a cidade nunca teve tamanha festividade, tal o brilho e a imponência das comemorações, com a presença de D. Pedro II, que se fazia acompanhar de respeitável comitiva. Raramente experimentaram os valencianos tanta emoção e regozijo, assistindo às solenidades desse extraordinário acontecimento.
A “União Valenciana”, que era construída em bitola estreita de 1,10m, tinha a sua sede na cidade de Valença, sita à antiga praça Cel. Leite Pinto, atualmente desaparecida com a construção de oficinas da Central do Brasil. Sabe-se, pela leitura de Saneamento de Valença, que a União Valenciana foi a primeira estrada de ferro, de bitola estreita que se construiu no Brasil, e que foi apelidada por um membro do Senado de “uma maravilha, na espécie”.
Antes da inauguração do primeiro trecho ferroviário, o trajeto entre a cidade de Valença e o povoado dê Desengano se fazia por meio de carros de tração animal, alugados a João Batista de Araújo Leite.
A ligação das linhas da “União Valenciana” com a estrada de ferro “Rio das Flores”, era, a esse tempo, já uma velha aspiração dessa última empresa, cuja concessão fora obtida por decreto de 26 de julho de 1874. Em 7 de julho de 1875, foi celebrado acordo para estabelecimento de tráfego mútuo entre a “Central do Brasil” e a “Rio das Flores”.
O trecho da ferrovia entre Valença e Rio Preto* (Estado de Minas), com um percurso de 39 kms, foi inaugurado em 1882, com a presença de SS. AA. Imperiais os Conde e Condessa d’Eu, que, com sua numerosa e distinta comitiva, foram recebidos festivamente pelo povo da cidade de Valença.

Imagem
Antiga estação da “União Valenciana” - 1884

De Valença a Rio Preto a estrada passou pelo mesmo traçado da projetada linha de tração animal, com a bitola de 1,50m, para a qual havia sido concedido privilégio pelo Decreto N. 5.593, de 11 de abril de 1874, de 30 anos, aos cidadãos engenheiros João Gonçalves de Araujo e Agostinho Polidoro Xavier Pragana, cujos direitos e obrigações foram mais tarde transferidos a Miguel Zacarias da Alvarenga e Francisco Terezio Porto Neto.
.......................................(continua no site acima).

*A estação ficava na margem fluminense do Rio Preto e a Cidade de Rio Preto do outro lado da margem, já no Estado de Minas Gerais.
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Centro Oeste - Brasil

Em Janeiro de 1869 começou a construção da Estrada de Ferro União Valenciana e, em Maio de 1871, abriu-se a linha ao tráfego até Valença, com 25 quilômetros; e em Julho de 1880 o prolongamento até Rio Preto, sendo a extensão total em tráfego de 63,368 quilômetros, a bitola 1m,10, e declividade máxima 0m,035 e o raio mínimo de 81,85 metros. O custo total é de 1.689:633$200 ou 26:663$824 por quilômetro.

Notas do site
A Estrada de Ferro União Valenciana, originalmente construída na bitola de 1,100 metro, costuma ser destacada como "a primeira ferrovia brasileira de bitola estreita" [bitola menor do que o padrão internacional de 1,435 metro] e até como "a primeira ferrovia brasileira de bitola métrica".
Na verdade, foi a primeira demonstração prática de que engenheiros brasileiros — da primeira geração "formada" pela EFCB de Ottoni — poderiam fazer os levantamentos de campo, projetar e construir uma ferrovia em terreno íngreme e apertado (vales estreitos, montanhas) por um custo quilométrico muito inferior ao cobrado pelas empresas e engenheiros britânicos para construir ferrovias na planície litorânea. Foi, portanto, um "laboratório" de estudo da "bitola estreita", não só do ponto de vista da técnica de engenharia, como do ponto de vista econômico, em operação comercial regular, em especial nos primeiros anos.
Seu custo quilométrico de 26,7 contos de réis foi praticamente a metade dos 51,2 contos de réis da ferrovia suburbana do Recife ao Caxangá — que, embora construída na baixada litorânea, apresentava declividade de até 3,4% [3,5% na Valenciana] e raio mínimo de 60 metros [81,8 metros na Valenciana], usando a mesma bitola de 1,10 metro.
A diferença torna-se gritante ao comparar com o custo quilométrico da Estrada de Ferro do Recife ao São Francisco (120,1 contos de réis); da Estrada de Ferro Bahia ao São Francisco (129,7 contos); ou com o trecho inicial da Estrada de Ferro de Mauá (113,1 contos). Na Estrada de Ferro Central do Brasil, o empreiteiro Price havia cobrado 89,6 contos por quilômetro para construir uma linha da pior qualidade — que, depois de "consertada", subiu a 121,3 contos de réis por quilômetro.

http://vfco.brazilia.jor.br/ferrovias-h ... iana.shtml
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Museu Ferroviário de Valença

E. F. União Valenciana

http://museuferroviariodevalenca.blogsp ... chive.html

Imagem

Estação de Valença Imagem Histórica.

https://sites.google.com/site/museuferr ... lenciana-1

Fotos do acervo do Museu
https://sites.google.com/site/museuferr ... rmanente-1

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Curiosidades
Recortes de avaliação Indústrias, Viação e Obras Públicas.

1900

Imagem

http://brazil.crl.edu/bsd/bsd/u2267/000552.html

1901

Imagem

http://brazil.crl.edu/bsd/bsd/u2268/000453.html

1904

Imagem

http://brazil.crl.edu/bsd/bsd/u2271/000432.html

Quadro comparativo

Imagem

Livros consultados.

RODRIGUEZ, Hélio Suevo. A Formação das Estradas de Ferro no Estado do Rio de Janeiro . O Resgate da Sua Memória. Rio de Janeiro. Memória do Trem. 2004.
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BARBOSA, Malvina. Um Século das Estradas de Ferro Brasileiras . 105 anos de História 1854 – 1959. Rio de Janeiro. Letra Capital Editora. 2010.
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Sobre Valença:
Possui uma área de 1308,1 km², estando situada no Vale do Paraíba Fluminense.
Valença possui 6 distritos: Valença (sede), Barão de Juparanã, a "Cidade dos Barões" (2º distrito), Santa Isabel do Rio Preto (3º distrito), Pentagna (4º distrito) , Parapeúna (5º distrito) e Conservatória, a "Cidade das Serestas" (6º distrito).
Atualmente a sua economia está voltada especialmente para a agropecuária e para o pólo universitário existente na sede municipal.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Valen%C3%A ... Janeiro%29

Vale do Café:

http://www.valedocafe.com/

http://www.turismovaledocafe.com/

Conservatória – distrito de Valença;

http://fazendasdoimperio.com.br/conservatoria.html
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Valença de Ontem e de Hoje – O livro – Apresentação

http://www.geocities.ws/leoniiorio/vale ... ntacao.htm
http://www.geocities.ws/leoni_iorio_valenca_div1/
http://www.geocities.ws/leoni_iorio_valenca_div2/
http://www.geocities.ws/leoni_iorio_val ... ntacao.htm
http://www.geocities.ws/leoniiorio/apresentacao.htm

Capitulo 01 – Valença Sertão
http://www.geocities.ws/leoni_iorio_val ... sertao.htm

Capitulo 02 - ALDEIA
http://www.geocities.ws/leoni_iorio_val ... arte_1.htm
http://www.geocities.ws/leoni_iorio_val ... arte_2.htm
http://www.geocities.ws/leoni_iorio_val ... arte_3.htm
http://www.geocities.ws/leoni_iorio_val ... arte_4.htm
http://www.geocities.ws/leoni_iorio_val ... arte_5.htm

Capitulo 03 - VILA
http://www.geocities.ws/leoni_iorio_val ... arte_1.htm
http://www.geocities.ws/leoni_iorio_val ... arte_2.htm
http://www.geocities.ws/leoni_iorio_val ... arte_3.htm
http://www.geocities.ws/leoni_iorio_val ... arte_4.htm
http://www.geocities.ws/leoni_iorio_val ... arte_5.htm

Capitulo 04 - CIDADE
http://www.geocities.ws/leoni_iorio_val ... arte_1.htm
http://www.geocities.ws/leoni_iorio_val ... arte_2.htm
http://www.geocities.ws/leoni_iorio_val ... arte_3.htm
http://www.geocities.ws/leoni_iorio_val ... arte_4.htm
http://www.geocities.ws/leoni_iorio_val ... arte_5.htm

Capitulo 05 – Aspectos Econômicos
http://www.geocities.ws/leoni_iorio_val ... arte_1.htm
http://www.geocities.ws/leoni_iorio_val ... arte_2.htm
http://www.oocities.org/br/leoni_iorio_ ... _3.htm.tmp
http://www.geocities.ws/leoni_iorio_val ... arte_4.htm

Capitulo 06 – Aspectos Gerais.
http://www.geocities.ws/leoni_iorio_val ... de_valenca
http://www.geocities.ws/leoni_iorio_val ... arte_2.htm
http://www.geocities.ws/leoni_iorio_val ... arte_3.htm

Capitulo 07 – Aspectos Sociais
http://www.geocities.ws/leoni_iorio_val ... arte_1.htm
http://www.geocities.ws/leoni_iorio_val ... arte_2.htm
http://www.geocities.ws/leoni_iorio_val ... arte_3.htm
http://www.geocities.ws/leoni_iorio_val ... rotestante
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Vídeos antigos:
[youtube] http://www.youtube.com/watch?v=g9zsUBHclLM" onclick="window.open(this.href);return false; [/youtube]

[youtube] http://www.youtube.com/watch?v=8WHctxbwZKo" onclick="window.open(this.href);return false; [/youtube]

Reparar em um dos vídeos a exaltação à chegada de novas e modernas rodovias e o abandono dos trens velhos na última viagem da linha.
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Re: Breve Histórico da EF União Valenciana

Mensagem por DadoDJ » 20 Mar 2013, 13:31

O que dizer?
Shoooooooow de bola!
Parabéns, Paulo.
Vou compartilhar!

Obs.: agora estou curiosíssimo com a expansão projetada para Tinguá ....
:P
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