E.F.Rio D'ouro-Linha tronco

[Adenilson]

Preclaro Coelho Neto,
Nesse processo de pesquisa para adquirir fotos nos diversos orgãos responsáveis, temos que assinar diversos termos de responsabilidade.
O próprio Dado (moderador do fórum) deve estar na iminência de ir a um desses orgãos e se ainda não foi, saberá bem o que estou falando.
Assinei termos de responsabilidade onde me comprometi a postar as fotos apenas nos sites estações ferroviárias, trilhos do rio e TGVBR, sendo que este último aparentemente acabou.
Bom, o resumo é que eu não posso postar e nem autorizar, mas as fotos estão na Internet e o termo que assinei é em relação a minha atitude de postar.
Se você por responsabilidade própria capturar as fotos, não esqueça de mencionar os órgãos responsáveis pela cessão da foto (AGCRJ, AN, etc), assim como a instituição ou pessoa que gerou a foto ( Augusto Malta, O correio da manhã, etc).
Acho que não precisa citar o meu nome, pois já está nos créditos das fotos como orientado pela instituição. Se o citar, solicito que o faça conforme está nos créditos.

Acho que o amigo entendeu a dica, né?

Outra observação é que a foto do Correio da Manhã é de 1939 e o dístico ainda mostra o nome Areal. É bom verificar a questão relativa ao ano da mudança de nome da estação.

Espero ter ajudado.

Um abraço e parabéns pela iniciativa.

Adenilson, gostaria de usar a foto da est. de Areal em nosso site, logicamente com os devidos créditos, você autorizaria?

O site é o coelhoneto.wordpress.com onde estamos tentando montar um acervo histórico do bairro.

Abraços!

[DadoDJ]

Pessoal, saudações !
Pesquisando hoje na seção Memória do site da Biblioteca Nacional, encontrei tabelas de horários de várias estradas de ferro da época, na publicação "Guia Indispensável", de 1895. Vejam abaixo a tabela de horários da EF Rio d'Ouro na época, ida e volta, passando pela pioneira linha original da ferrovia:

Tabela de horários em 1895 - Guia Indispensável Edição 0001 Página 101 (Small).png

Tabela de horários em 1895 - Guia Indispensável Edição 0001 Página 102 (Small).png

Obs.: não há menção da estação São Francisco e nem de Henrique Scheid ...

[coelhoneto]

Adenilson, obrigado pela dica.

Quanto à data da mudança de nome da estação de Areal, é certeza que foi em 1935. Assim que tiver um tempo, vou postar alguns recortes de jornal com a mudança de nome. Além disso, você poderá perceber que após essa data não há mais referências ao bairro como sendo Areal, apenas como Coelho Neto. Só precisamos desvendar o porque de aparecer como Areal na foto que você postou. Aí tenho duas hipóteses: ou a data da foto estava errada, ou eles mantiveram o dístico "Areal" mesmo após a mudança de nome da estação. Digo isto pois o nome "Coelho Neto" foi pintado na lateral da estação, e bem neste local a foto está superexposta.

Já estou preparando um post no meu site, em breve trarei surpresas.

Abraços a todos.

[Adenilson]

Eliane, bom dia!
Infelizmente não vivenciei esse tempo, apesar de estar contente com a época que vivo.
Se eu pudesse mesmo, eu utilizaria uma máquina do tempo para desbravar o patrimônio ferroviário daquela época.
As minhas primeiras lembranças datam dos anos 70, década que nasci, e ainda me lembro de algumas passagens de nível que existiam e hoje foram fechadas com muro.
Algumas delas eram da Rio D'ouro, mas não havia mais a ferrovia. Apenas o leito e a Av. Automóvel Clube (nome da época) ora estava de um lado da via e ora de outro.
Não me lembro por exemplo das estações de Todos os Santos, Rocha e Encantado, mas alguns colegas que moravam nesses bairros nessa época e são da minha idade se lembram.
Olha que a minha memória não é das piores.
Me lembro por exemplo estar no colo da minha mãe com 2 anos incompletos nas esquinas da Rua Chaves Pinheiro e Avenida Suburbana no Cachambi tentando falar branco com a insistência da minha mãe e só saia banco.
As informações que consigo são frutos de muita pesquisa minha e dos brilhantes colegas e amigos daqui do fórum.

Sobre o traje atemporal, concordo com você. Por isso tive que me resguardar em acreditar sobre a época que constava no Arquivo Nacional sobre os anos das fotos de Francisco Sá, como sendo 1938 e 1951 nas fotos subsequentes.

Reforçando o que o Dado disse: Seja benvinda

Olá, pessoal. Boa noite. Sou Eliane Bonotto e estou neste fórum super legal indicada pelo Dado. Peço desculpas a todos por não ter me apresentado no tópico correto para esta finalidade, assim como, elegantemente, fez minha amiga Marilda; mas o fato é que eu não encontrei como "abrir uma nova mensagem". É vergonhoso, mas é a mais pura verdade.

Ao Adenilson: Acho que vc tem saudades de um tempo que vc viveu!

Gostaria de fazer um comentário meio "bobo", mas que me chamou a atenção logo que olhei para a foto nº2. Vejam como os trajes masculinos são atemporais. O senhor de camisa listrada na foto, está vestido como se tivesse saído de casa esta manhã. Sua roupa está super atual. Sei que ninguém reparou isso. Desculpem-me, mas não pude evitar. Meu olhar feminino foi mais forte do que eu.

Num próximo comentário, fiquem tranquilos, não escreverei frivolidades. Participarei normalmente.

Abraços

[Adenilson]

Dado e demais foristas, bom dia!
Muito importante essa sua postagem.
Chegamos a tocar em alguns assuntos relativos a esse trecho no TGVBR.

Sobre os documentos que você postou, indago e/ou comento o seguinte:

1) Chegamos a tocar no assunto em relação a não menção da estação Venda Grande em relatórios da década de 10 (séc XX) por exemplo.
Você acha que essa parada foi desativada nesse meio tempo?
Por quê em um relatório de 1895 ela aparece?

Tudo bem que Capão pertencia ao primeiro trecho da Rio D'ouro a ser erradicado, mas Venda Grande deveria aparecer até o início da década de 20.

2) O único mapa que mostra as paradas Henrique Scheid e José dos Reis é o guia Briguiet e após conferir no Google, verifiquei que as mesmas eram separadas por apenas 170 metros. Vimos também em mapas da SMU que a parada H.Scheid era chamada de José dos Reis acontecendo algo semelhante em relação a Benfica/Alegria.
Será que essas estações eram contemporâneas? Pergunto isso, pois o Guia Briguiet mostra a estação do Méier e Perna de Pau quando esta última não existia mais.

Se foram simultâneas, acho que uma delas não era destinada a passageiros.

Uma coisa é certa. Em 1928, a parada Henrique Scheid ainda existia no meio da Suburbana. Vi a aerofotografia de 1928, trecho que infelizmente esqueci da anotar para trazer
A edificação era pequena e estava na mesma posição que nos mapas da SMU.

Em breve vou abrir um tópico do trecho LIBERDADE-E.MATO e esses assuntos poderão ser abordados. Quero postar uma foto, também de 1928, que trouxe do AGCRJ mostrando uma edificação semelhante a uma parada no meio da Suburbana. O que resta descobrir é o ângulo.
Aguardem!!

3) Ainda sobre Venda Grande e Capão do Bispo, a referência de um horário regular em ambas faz crer que as mesmas eram utilizadas para fluxo de passageiros e não como parada particular. O que vocês acham?

4) Vocês repararam como o trem parava por mais tempo em estações como Praia Pequena, Pavuna e Rio D'ouro por exemplo?

Pessoal, saudações !
Pesquisando hoje na seção Memória do site da Biblioteca Nacional, encontrei tabelas de horários de várias estradas de ferro da época, na publicação "Guia Indispensável", de 1895. Vejam abaixo a tabela de horários da EF Rio d'Ouro na época, ida e volta, passando pela pioneira linha original da ferrovia:




Obs.: não há menção da estação São Francisco e nem de Henrique Scheid ...

[DadoDJ]

Dado e demais foristas, bom dia!
Muito importante essa sua postagem.
Chegamos a tocar em alguns assuntos relativos a esse trecho no TGVBR.

Sobre os documentos que você postou, indago e/ou comento o seguinte:

1) Chegamos a tocar no assunto em relação a não menção da estação Venda Grande em relatórios da década de 10 (séc XX) por exemplo.
Você acha que essa parada foi desativada nesse meio tempo?
Por quê em um relatório de 1895 ela aparece?
Curioso ... isso indica que ela teria sido desativada no comecinho do século XX ... mas parece que ela aparece em mapas posteriores, talvez por desatualizações, quem sabe ?
O certo é que nas aerofotogrametrias da década de 1920 ela não aparece. Então é praticamente certo que deva ter sobrevivido até a década de 1910 mesmo ... mesmo a linha passando por ela até 1922 no mínimo.
Tudo bem que Capão pertencia ao primeiro trecho da Rio D'ouro a ser erradicado, mas Venda Grande deveria aparecer até o início da década de 20.

2) O único mapa que mostra as paradas Henrique Scheid e José dos Reis é o guia Briguiet e após conferir no Google, verifiquei que as mesmas eram separadas por apenas 170 metros. Vimos também em mapas da SMU que a parada H.Scheid era chamada de José dos Reis acontecendo algo semelhante em relação a Benfica/Alegria.
Será que essas estações eram contemporâneas? Pergunto isso, pois o Guia Briguiet mostra a estação do Méier e Perna de Pau quando esta última não existia mais.

Se foram simultâneas, acho que uma delas não era destinada a passageiros.
Tem outro mapa, que vi neste final de semana nos meus arquivos, e que vi no AGCRJ, que mostra as duas estações, sendo que em José dos Reis havia desvio(s), indicando que talvez fosse mais uma parada para manobra ou sinalização. O impressionante agora é que não estou achando este mapa ! ! !

Uma coisa é certa. Em 1928, a parada Henrique Scheid ainda existia no meio da Suburbana. Vi a aerofotografia de 1928, trecho que infelizmente esqueci da anotar para trazer
A edificação era pequena e estava na mesma posição que nos mapas da SMU.

Em breve vou abrir um tópico do trecho LIBERDADE-E.MATO e esses assuntos poderão ser abordados. Quero postar uma foto, também de 1928, que trouxe do AGCRJ mostrando uma edificação semelhante a uma parada no meio da Suburbana. O que resta descobrir é o ângulo.
Aguardem!!

3) Ainda sobre Venda Grande e Capão do Bispo, a referência de um horário regular em ambas faz crer que as mesmas eram utilizadas para fluxo de passageiros e não como parada particular. O que vocês acham?
Será ? Vejo essa possibilidade sim, mas também vejo apenas como uma formalidade também, com possibilidades menores para este caso.
4) Vocês repararam como o trem parava por mais tempo em estações como Praia Pequena, Pavuna e Rio D'ouro por exemplo?
É verdade ... muito bem observado ! A outra razão para isso poderia ser cruzamento entre trens, mas devido a escassez de horários, isso é pouco provável, exceto na Pavuna, estação mais movimentada e onde havia pátio de cruzamento de composições. Em Rio d'Ouro poderia haver uma parada mais longa dos trens no caso de transferência (???) para o ramal da Represa, ou então, para embarque de passageiros rumo a esta, já que normalmente os "trens de recreio" para a represa vinham direto, não havia transferência em Rio d'Ouro (não havia nem trens suficientes para isso ! ! !).

[DadoDJ]

Descoberta importante ! ! !

DATA DE INAUGURAÇÃO DA PARADA DO CAPÃO DO BISPO: 24 de junho de 1891

Fonte: Jornal O Paiz (imagem abaixo):

Inauguração da Parada do Capão do Bispo - Jornal O Paiz, Página 1 Edição 03346 de 24-06-1891.png

Informação importante a se fornecer aos administradores atuais da Fazenda do Capão do Bispo, que nem da existência de uma estação sabiam ...

As pesquisam continuam ...

[DadoDJ]

Encontrei !
Infelizmente, a cópia que tenho aqui está em baixa resolução, pois no site da Biblioteca Nacional só disponibilizaram para visualização em formato JPG e com o plugin Zoomfy, que não permite salvar (ainda ... vou tentar encontrar algum esquema para isso !).
Sendo assim, entrei no site da Biblioteca Nacional e fiz um "print" da imagem em Zoomfy mostrando o trecho próximo a Pilares, mostrando a estação José dos Reis (mas não Henrique Scheid, eu achei que mostrasse).
Como bem disse o Adenilson, pode ser que elas não tenham existido na mesma época, tendo uma substituido a outra.
A planta é de 1900, e em outra parte, mostra a Parada do Capão (Capão do Bispo era uma fazenda imensa !) e também Fazenda Grande (tanto a estação quanto a fazenda propriamente dita).
Ainda falando de Capão do Bispo, encontrei registros sobre esta parada até o ano de 1915, depois disso não encontrei nenhuma menção mais.

Comissão da Carta Corográfica - Planta da cidade do Rio de Janeiro mostrando o trecho em Engenho de Dentro (1900).jpg

[Beatriz]

Nossa gente eu morei 13 anos em Inhaúma e nunca soube que lá havia uma estação ferroviária, inclusive já passei na frente deste predio citado e nunca parei para pensar. Só quando vim aqui para Anchieta que descobri que alguns trechos do metro seguem o traçado da Rio D'ouro.

Meus pais moravam em Acari e eles ainda se lembram que quando iam para escola tinham que atravesar a linha férrea.

[DadoDJ]

Nossa gente eu morei 13 anos em Inhaúma e nunca soube que lá havia uma estação ferroviária, inclusive já passei na frente deste predio citado e nunca parei para pensar. Só quando vim aqui para Anchieta que descobri que alguns trechos do metro seguem o traçado da Rio D'ouro.

Meus pais moravam em Acari e eles ainda se lembram que quando iam para escola tinham que atravesar a linha férrea.

Seus pais poderiam fornecer informações sobre a ferrovia ! ! !