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Lendo com atenção, nota-se que a data do acidente deve se situar entre 58 e 62 devido a 2 pontos importantes: o primeiro é que o trem "partiu de Acari", e o segundo é que a locomotiva "vinha com o tender à frente", o que significa que estava de marcha à ré, situações que ocorreram quando o trem SÓ IA ATÉ ACARI DEVIDO à interrupção do tráfego até Pavuna devido á queda da ponte sobre o rio Acari em 1958. Portanto...

Hugo: Parabéns pelas reportagens.
Me diga uma coisa. Na foto da primeira reportagem onde aparece um vagão tombado, no canto direito da foto, parece haver um teladinho.
Seria a estação?
Pelo descritivo, o acidente teria sido na passagem de nível da Álvaro de Miranda e portanto, depois da estação.
Sendo assim não daria para vê-la, mas o que você acha?

Outra surpresa para mim é a existência de um expresso. Foi isso que entendi?
Mesmo com todas as adversidades e quase inexistência de investimentos, uma ferrovia que somente tinha linha dupla até Engenho da Rainha ainda se dava ao luxo de ter trens expressos?
Se for isso mesmo, eita ferrovia valente!!

Tchê: Parabéns pela associação dos fatos envolvendo o vagão tender.
Me lembro que você "bateu bem nessa tecla" envolvendo a interrupção do tráfego entre Acari e Pavuna devido ao problema com a ponte em Acari.
Como diria o Dado, show de bola.

ERRATA

Pessoal, hoje estive na prefeitura de novo para tentar resgatar uma aerofotografia que tinha pedido errado.
Aproveitei para ver melhor o pátio de Engenho da Rainha, pois a planta que foi digitalizada estava em baixa resolução.

Fica aqui a errata e confirmação que a linha dupla seguia até Engenho da Rainha e logo depois da mesma havia uma chave, tornando a linha singela, mas logo após a saída da estação.

Havia um trilho estranhamente isolado, sem ligação dos 2 lados do lado esquerdo do trilho a esquerda da plataforma (sentido Vicente de Carvalho).

tche escreveu:Lendo com atenção, nota-se que a data do acidente deve se situar entre 58 e 62 devido a 2 pontos importantes: o primeiro é que o trem "partiu de Acari", e o segundo é que a locomotiva "vinha com o tender à frente", o que significa que estava de marcha à ré, situações que ocorreram quando o trem SÓ IA ATÉ ACARI DEVIDO à interrupção do tráfego até Pavuna devido á queda da ponte sobre o rio Acari em 1958. Portanto...

Muito bem notado, tche !

Show !

Adenilson, após as importatíssimas postagens feitas por você, lembrei de algumas plantas da SMU e resolvi dar uma olhada. Encontrei alguns pontos interessantes ... vejam: Lembram-se desta planta da SMU ?! É de 1973 e mostra um projeto de uma rodovia chamada "Auto-Estrada Rio d'Ouro" (sugestiva, não ...) que ligaria a Av.Suburbana à Av.Brasil.
Notem que o prédio original da estação de Inhaúma está desenhado na panta (seta vermelha), ilhada no meio das ruas. E há um desenho da uma plataforma extensa, erroneamente nomeada como da estação Engenho da Rainha (seta azul). Será que nesta época a estação mesmo de Engenho da Rainha estava desativada e apenas esta plataforma funcionaria, para ambas as localidades; ou será mesmo erro de nomenclatura ?
Esta plataforma extensa e o prédio antigo de Inhaúma me lembram de Magé, que possui o prédio da antiga estação da EFL original à parte, mas a estação que funciona mesmo é a "moderna", quadradona com passarelas, construída posteriormente.

Aguardem que vem mais coisas da SMU, de Engenho da Rainha e de Vicente de Carvalho.

Para quem quiser dar uma olhada no site, o detalhe acima é da planta PAA 1242 parte 15.

ESTAÇÃO DE IRAJÁ

Pessoal,
Segue agora o mapa com o pátio de Irajá recebendo apenas linha singela ao contrário dos pátios anteriores.
Dessa vez, eles exageraram nos detalhes da estação, reproduzindo da esquerda para a direita os degrauzinhos na frente da estação, a bilheteria, depois a cobertua e por fim, a estreita plataforma nua e ligeramente em curva. Vejam a estação a direita mediana da planta Abaixo a aerofotografia de 1975, mostrando que a estação já tinha sido demolida, infelizmente.
Tem até mato ocupando o lugar da bilheteria. Se tiver alguma coisa ali, só restos de plataforma.
Indiquei o local com uma seta vermelha.
Vemos o contorno da Automóvel Clube mostrando uma tênue curva a direita.
Era justamente o final da plataforma.

Dado: Só agora vi sua postagem. Acredito que tenha sido erro na nomeclatura.
Você se lembra que existia uma planta da SMU muito antiga com o nome Engenho da Rainha ali?
Pois é. Acho que os caras nem checavam os erros. Acho que somente copiavam.
Então uma coisa levou a outra, mas o mais estranho disso é que incluiram uma plataforma de estação desativada no projeto, uma vez que o mesmo é de 1973.
Será que até então tinham alguma esperança que a ferrovia voltaria a operar?

É mesmo, Adenilson ! Há aquela outra planta, mais antiga, com o nome errado também ... deve ter sido isso mesmo, erro na nomenclatura.
Continuando a falar de Engenho da Rainha, posto abaixo a planta do PAA 6850, mostrando o que o Adenilson confirmou há poucas mensagens atrás: a ferrovia vinha em linha dupla no sentido Pavuna, e logo após Engenho da Rainha, havia uma chave e a linha seguia singela (seta vermelha). Agora será que antes de chegar a Engenho da Rainha existia mesmo este desvio/retificação mostrada na planta ou seria apenas um projeto (indicada pela seta azul) ?
A planta é de 1956.

COMUNICADOS IMPORTANTES

Pessoal. Depois de alguns dias dedicados à pesquisa, que foram cansativos (apenas fisicamente), mas de extremo avanço e compensatórias, quero comunicar a todos que teremos postagens que valerão a pena serem conferidas, principalmente no assunto Rio D'ouro.

Dentre as coisas que vem por aí, posso adiantar o seguinte:

1) Consegui uma planta da Rio D'ouro de 1884 e nessa época as únicas paradas mencionadas em terras cariocas eram Cajú (claro!), Rua Bella, Venda Grande e Pilares.
Nem Pavuna existia.
As fotos tem tamanho muito grande, chegando a 100 MB (com extensão TIF) e necessitarei de instruções para postar isso da melhor forma possível.

2) Descobri um nome primitivo para a Estrada de Santa Cruz. Era a Estrada da Polícia que era nada mais nada menos que a união da "Suburbana" com João Ribeiro e mais o trecho da Automóvel Clube a partir de Engenho do Mato.
O nome Estrada de Santa Cruz só era considerado a partir de Pilares.
Essa estrada da Polícia pode ser um nome importante na busca de fotos muito antigas da Rio D'ouro.

3) Recebi hoje por e-mail fotos em resolução baixa de estações com ângulos inéditos para nós, dentre eles uma foto tirada de cima da plataforma de Irajá, mas do fundo da mesma, mostrando a frente.

4) Encomendei hoje plantas da Rio D'ouro da década de 20 (séc XX) com todos os ramais e detalhamentos, incluindo o ramal de Ana Neri, Penha, Mantiquira, Registro e represa.
Vocês já ouviram falar em alguma parada com o nome Baurubú?

5) Obtive fotos da Suburbana antes da pavimentação muito próxima a Praia Pequena e José dos Reis e me surpreendi em ver como a via era estreita.
Vendo aquelas imagens, deu para sentir um gostinho como era a paisagem da Rio D'ouro naquele período, mas as fotos são de uma data que o trecho ali já tinha sido erradicado.
De qualquer forma, podemos ver a estação José dos Reis de outro ângulo.

6) Dado: Consegui ver as aerofotografias de 1928 no AGCRJ e localizei a estação José dos Reis. A Rua Henrique Scheid não tinha sido aberta, apesar de ver o seu limite em meio ao mato.

Dado: Vou precisar te ligar amanhã (sáb) ou domingo. Me diga o melhor horário, pois preciso de umas instruções suas para postar os mapas e contar umas novidades.

Abraço a todos.