Tche.
Seja benvindo aqui também.
Reforço as saudações dos colegas foristas.
É bom ter uma especialista da Rio D'ouro por aqui.
Me lembro bem das suas explicações detalhadas sobre a estação de Acari (única ainda do ramal suburbano definitivo da Rio D'ouro da nossa cidade) que não temos fotos.
Em relação à sua colocação, eu reparei (vide foto abaixo) que há um veículo pesado ao fundo da estação Irajá que já aparecia abandonada.
Me pareceu ser uma grande locomotiva, como uma C-30 a diesel por exemplo ou uma automotriz.
Existe uma hipótese menor de ser um caminhão muito grande, pois de frente para a estação, a Automóvel Clube fazia uma curva para a esquerda e essa discreta curva poderia causar esse efeito de paralaxe a ponto do veículo parecer vir dos trilhos.
A foto consta como sendo dos anos 70. Estaria mesmo a estação já desativada?
Se estivesse (er), o que o cidadão está fazendo do lado de dentro? Curiosidade ou algum trabalho jornalístico?
Uma coisa é certa. A estação estava fechada.
Outra coisa foi que no Arquivo Nacional, resgatei algumas fotos de estações entre 1968 e 1972, algumas delas retratando famílias que passaram a ocupar as estações de subúrbio da Rio D'ouro já desativadas.
A estação Colégio tinha até varal de roupa com uma peça secando.
Mesmo nas fotos de 1968, no caso Inhaúma, não parecia haver o menor sinal de trilhos.
Apenas reforçando, na estação Inhaúma, no rodapé da foto em papel estava mancionado que as famílias estavam ocupando a estação desde 1965, parecendo ser este o ano do fim do tráfego ou na pior das hipóteses a desativação das estações e o tráfego continuando sem parar nas mesmas.
Será que o tráfego não foi até 1967 por exemplo? Isso iria em contradição com a foto abaixo, mas a mesma poderia não ser dos anos 70.
O que você acha?
tche escreveu:Dos trens que circularam na Rio D´Ouro à partir de 1965, muitos deles eram à diesel. A Leopoldina utilizou o trecho inicial até Pavuna entre 1965 e 1968 para trens de carga, e muitas dessas composições eram à diesel. A reportagem de O Globo é do início de 1972 e menciona locomotivas à diesel e vagões de metal, semelhantes aos usados ainda hoje nos trechos entre Saracuruna e Guapimirim, APENAS NO TRECHO REMANESCENTE, ENTRE BELFORD ROXO E JACERUBA. A data "oficial" da extinção do trecho final da ferrovia, que seria de 1970 é, portanto incerta.