Ferroviários em defesa do trecho Visconde de Itaboraí – Campos dos Goytacazes
Enviado: 28 Mai 2014, 11:25
Ferroviários de Macaé manifestam-se junto aos Ministérios Públicos Estadual e Federal, em defesa do trecho ferroviário Visconde de Itaboraí – Campos dos Goytacazes.
Desde o advento da Resolução 4.131/2013 que os ferroviários de Macaé se posicionaram contra a devolução do trecho ferroviário Visconde de Itaboraí – Campos dos Goytacazes, pela FCA – Ferrovia Centro-Atlântica a ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres.
O trecho, considerado economicamente viável, foi requisitado pela ANTT, quando a FCA apresentou uma relação de trechos ferroviários que não a interessavam, em função de serem, segundo ela, antieconômicos. Tendo em vista a nova ferrovia, que faz parte do PIL – Programa de Investimentos e Logística do Governo Federal, que ligará Vila Velha a Nova Iguaçu, a ser concedido à iniciativa privada, em formato diferente das concessões atualmente em vigor, aquela Agência anuiu, desde que o trecho acima citado (existem outros), também fosse devolvido. A ANTT abriu Tomada de Subsídios em seu site, já encerrada, e realizou encontros esclarecedores, denominados de Reuniões Participativas, a fim de que a sociedade civil organizada, poderes públicos e empresários, pudessem manifestar interesses nos trechos a serem devolvidos.
Estivemos em dois encontros e enviamos várias manifestações sobre a questão.
Somos contra, por vários motivos: A FCA não fez esforço para captar transportes de cargas na região. Abandonou a malha ferroviária que, hoje, a olhos atentos e conhecedores dos ferroviários, está em precárias condições (dormentes podres, pontes sem manutenção, invasões de faixas de domínio, etc).
A Resolução da ANTT estabelece que a FCA, levantados os valores em função da não manutenção da malha ferroviária, investirá o montante nos trechos que continuarão concedidos, ou seja, a maioria nos Estados de Minas Gerais e Bahia. Para nós, uma afronta aos municípios por onde passa a linha e ao Estado do Rio de Janeiro. Tinham uma malha, quase que com 100% de condições de uso e, agora, recebem uma sucata, tendo convivido com ela, atravancando a mobilidade, com custos sociais, econômicos e financeiros em função de estar ali, "planada", inoperante. Na semana passada circulamos pelos 26 km que cortam o município de Macaé, dormente a dormente, fotografando, por isso podemos falar sobre o estado no qual se encontra.
Esperamos que os Ministérios Públicos ajam a tempo de impedir tal disparate. Somos contra a devolução, mas caso ela aconteça, que os recursos pela não manutenção, fiquem no Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, em um fundo a ser utilizado pelos municípios que se interessarem em operacionalizar a malha para mobilidade urbana ou transportes de passageiros regional -
Alex Medeiros
Desde o advento da Resolução 4.131/2013 que os ferroviários de Macaé se posicionaram contra a devolução do trecho ferroviário Visconde de Itaboraí – Campos dos Goytacazes, pela FCA – Ferrovia Centro-Atlântica a ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres.
O trecho, considerado economicamente viável, foi requisitado pela ANTT, quando a FCA apresentou uma relação de trechos ferroviários que não a interessavam, em função de serem, segundo ela, antieconômicos. Tendo em vista a nova ferrovia, que faz parte do PIL – Programa de Investimentos e Logística do Governo Federal, que ligará Vila Velha a Nova Iguaçu, a ser concedido à iniciativa privada, em formato diferente das concessões atualmente em vigor, aquela Agência anuiu, desde que o trecho acima citado (existem outros), também fosse devolvido. A ANTT abriu Tomada de Subsídios em seu site, já encerrada, e realizou encontros esclarecedores, denominados de Reuniões Participativas, a fim de que a sociedade civil organizada, poderes públicos e empresários, pudessem manifestar interesses nos trechos a serem devolvidos.
Estivemos em dois encontros e enviamos várias manifestações sobre a questão.
Somos contra, por vários motivos: A FCA não fez esforço para captar transportes de cargas na região. Abandonou a malha ferroviária que, hoje, a olhos atentos e conhecedores dos ferroviários, está em precárias condições (dormentes podres, pontes sem manutenção, invasões de faixas de domínio, etc).
A Resolução da ANTT estabelece que a FCA, levantados os valores em função da não manutenção da malha ferroviária, investirá o montante nos trechos que continuarão concedidos, ou seja, a maioria nos Estados de Minas Gerais e Bahia. Para nós, uma afronta aos municípios por onde passa a linha e ao Estado do Rio de Janeiro. Tinham uma malha, quase que com 100% de condições de uso e, agora, recebem uma sucata, tendo convivido com ela, atravancando a mobilidade, com custos sociais, econômicos e financeiros em função de estar ali, "planada", inoperante. Na semana passada circulamos pelos 26 km que cortam o município de Macaé, dormente a dormente, fotografando, por isso podemos falar sobre o estado no qual se encontra.
Esperamos que os Ministérios Públicos ajam a tempo de impedir tal disparate. Somos contra a devolução, mas caso ela aconteça, que os recursos pela não manutenção, fiquem no Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, em um fundo a ser utilizado pelos municípios que se interessarem em operacionalizar a malha para mobilidade urbana ou transportes de passageiros regional -
Alex Medeiros