Projeto para revitalizar estação ferroviária gera polêmica em Assis-SP
Enviado: 27 Jun 2014, 10:47
Projeto para revitalizar estação ferroviária gera polêmica em Assis
Arquitetos acreditam que pintura descaracteriza o prédio.
Assunto se tornou ação no Ministério Público.
Artista usa grafite para revitalizar estação em Assis (Foto: Reprodução/TV TEM)
O projeto pessoal de um artista de Assis (SP) para revitalizar o prédio da estação ferroviária está causando polêmica na cidade. Os profissionais que trabalham com arquitetura, restauração e preservação estão resistentes quanto às cores utilizadas no trabalho e entraram com uma ação no Ministério Público.
Com influência do surrealismo de Salvador Dali, Anderson Lemes fez da antiga estação mais uma de suas telas. Há cerca de dois meses, o artista plástico e grafiteiro que já teve obras expostas no museu do Louvre, em Paris, recebeu autorização da Fundação Assisense de Cultura, que toma conta do prédio, para iniciar uma revitalização. “Meu trabalho é voltado para lugares possivelmente abandonados e que perderam a atenção das pessoas”, afirma o artista.
Com recursos próprios e a ajuda de outros amigos, ele deu início ao trabalho. No entanto, as novas cores do prédio, construído na década de 1920, não agradam a todos. A ONG Assis Cidadania foi até o Ministério Público para tentar barrar a intervenção do artista.
Segundo o arquiteto César Abreu, usar o grafite para pintar a fachada da estação descaracteriza o imóvel. “O material aplicado foi passado por cima de uma superfície já deteriorada, ou seja, tudo terá que ser novamente restaurado. Além disso, o local é considerado um patrimônio histórico e precisa que um projeto seja devidamente elaborado e aprovado para que não descaracterize o espaço urbano”, alega o integrante da ONG.
Em Assis, apenas o Teatro Municipal é tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) por conta de sua acústica. Bens tombados pelo Condephaat só podem passar por reformas depois de análises de comissões nomeadas pelo próprio conselho.
O prédio da estação ferroviária consta no plano diretor da cidade como sendo de interesse histórico e cultural e, segundo uma lei municipal, não poderia passar por nenhuma reforma que tire suas caraterísticas arquitetônicas originais. Entretanto, o artista afirma que a pintura não descaracteriza o prédio. “A minha intenção é levar arte para prédios que foram deteriorados com o tempo e fazer com que as pessoas voltem a reparar nesses espaços”, ressalta Anderson. A representação da ONG Assis Cidadania ainda está em fase de análise por parte do Ministério Público.
Arquitetos acreditam que obra descaracteriza o prédio (Foto: Reprodução/TV TEM)
Fonte e link: Site G1
Arquitetos acreditam que pintura descaracteriza o prédio.
Assunto se tornou ação no Ministério Público.
Artista usa grafite para revitalizar estação em Assis (Foto: Reprodução/TV TEM)
O projeto pessoal de um artista de Assis (SP) para revitalizar o prédio da estação ferroviária está causando polêmica na cidade. Os profissionais que trabalham com arquitetura, restauração e preservação estão resistentes quanto às cores utilizadas no trabalho e entraram com uma ação no Ministério Público.
Com influência do surrealismo de Salvador Dali, Anderson Lemes fez da antiga estação mais uma de suas telas. Há cerca de dois meses, o artista plástico e grafiteiro que já teve obras expostas no museu do Louvre, em Paris, recebeu autorização da Fundação Assisense de Cultura, que toma conta do prédio, para iniciar uma revitalização. “Meu trabalho é voltado para lugares possivelmente abandonados e que perderam a atenção das pessoas”, afirma o artista.
Com recursos próprios e a ajuda de outros amigos, ele deu início ao trabalho. No entanto, as novas cores do prédio, construído na década de 1920, não agradam a todos. A ONG Assis Cidadania foi até o Ministério Público para tentar barrar a intervenção do artista.
Segundo o arquiteto César Abreu, usar o grafite para pintar a fachada da estação descaracteriza o imóvel. “O material aplicado foi passado por cima de uma superfície já deteriorada, ou seja, tudo terá que ser novamente restaurado. Além disso, o local é considerado um patrimônio histórico e precisa que um projeto seja devidamente elaborado e aprovado para que não descaracterize o espaço urbano”, alega o integrante da ONG.
Em Assis, apenas o Teatro Municipal é tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) por conta de sua acústica. Bens tombados pelo Condephaat só podem passar por reformas depois de análises de comissões nomeadas pelo próprio conselho.
O prédio da estação ferroviária consta no plano diretor da cidade como sendo de interesse histórico e cultural e, segundo uma lei municipal, não poderia passar por nenhuma reforma que tire suas caraterísticas arquitetônicas originais. Entretanto, o artista afirma que a pintura não descaracteriza o prédio. “A minha intenção é levar arte para prédios que foram deteriorados com o tempo e fazer com que as pessoas voltem a reparar nesses espaços”, ressalta Anderson. A representação da ONG Assis Cidadania ainda está em fase de análise por parte do Ministério Público.
Arquitetos acreditam que obra descaracteriza o prédio (Foto: Reprodução/TV TEM)
Fonte e link: Site G1
