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por rodrjgw » 23 Ago 2014, 19:22
O que sei após ter conversado com engenheiros da Rio Trilhos, é que pararam a obra quando começaram a perfurar o túnel sob a Frei Caneca (como indica na imagem). Nesta ocasião, descobriu-se que não havia detalhamento do estaqueamento do túnel Martim Sá e ele poderia desabar! Pararam as obras para estudar este estaqueamento e iniciaram um reforço no túnel. Neste momento a obra mais que dobrou de orçamento estimado e o Brizola ordenou que a interrompessem (e, por isso, ele fez a famosa declaração de que "metrô é muito caro e é coisa pra rico"). Hoje, se retomassem a obra, ainda seria necessário o reforço, mas o estudo de estaqueamento já está pronto (foi feito pela Prefeitura quando reformou o túnel na última gestão do César Maia), porém, seria mais barato que o projetado a época pois existem tecnologias mais desenvolvidas e baratas para se injetar concreto e (re)estaquear o túnel. No lado da Carioca, a Av. Chile foi completamente escavada, mas deixaram uma caverna apenas (seria o "cut and cover" invertido, ou "cover and cut") e, de pronto, só há a parte das plataformas onde haveria o acesso a Linha 1 e a saída do BNDES (o que, de fato, confirmaria o 1/3 da estação e trecho pronto naquele lado). Também confirmou ter havido sondagens em todo o trecho na época (justificando a história de "escavações na Cruz Vermelha) e o tal shield seria um equipamento para auxiliar na montagem da barreira de diafragma da vala (também utilizado em São Paulo e em Londres, dando aquele aspecto de tubo, "tube", aos túneis). Foi o relato mais plausível que ouvi sobre o caso, e de funcionários da RIo Trilhos que trabalharam no projeto.