Estação D.Pedro II (Antiga estação do Campo/da Côrte)
Enviado: 23 Mai 2012, 10:41
(Texto descritivo extraído do site "Estações Ferroviárias do Brasil")
Estação do Campo, Estação da Corte. Todos esses foram nomes da estação hoje chamada de Dom Pedro II, mas popularmente chamada de Central do Brasil. Na verdade, a Estação da Corte ficava no Campo da Aclamação. Sim, o nome da ferrovia, esta desaparecida em 1975, acaba sendo o nome informal da estação, e ainda resiste a todas as mudanças da sociedade à sua volta. Foi nome de filme que até concorreu ao Oscar. Teve um prédio construído em 1858 para inaugurar a linha - claro, com a presença do Imperador que lhe emprestaria o nome apenas anos mais tarde (mais precisamente, em 2/12/1925). Foi reformado anos mais tarde - teve a parte central do edifício reconstruída em 1871. Em 1879, Pereira Passos afirmava que ainda se estavam por fazer duas alas laterais, o aumento da coberta sobre as plataformas de passageiros e uma outra coberta igual a essa para o serviço especial dos trens de subúrbios. Foi finalmente demolido nos anos 1940, quando se entregou o prédio atual (1943), que além de estação, ainda servia de escritórios para a E. F. Central do Brasil, mais tarde para a RFFSA. Em fevereiro de 1938, com a inauguração da eletrificação da linha da Central até Belém (Japeri), e com as obras de construção do edifício da estação atual, manteve-se apenas estes trens partindo da estação. Os trens a vapor passaram a partir da estação de Alfredo Maia (Jornal do Brasil, 28/1/1938). Apenas no dia 14 de junho de 1941, todos os trens voltaram a sair da plataforma da nova estação ainda inacabada (Folha da Manhã, 7/6/1941).
O Rio de Janeiro teve várias ferrovias saindo da mesma região onde hoje está a Dom Pedro II, mas somente esta resistiu: as outras, Barão de Mauá, Alfredo Maia, Francisco Sá, que serviram à velha E. F. Leopoldina, à linha Auxiliar... todas foram fechadas. Tudo foi centralizado na primeira delas, que até hoje vê sair os trens metropolitanos para Japeri, a antiga Belém, para Paracambi, a antiga Tairetá, para Vila Inhomerim, a antiga Raiz da Serra... o movimento de trens ainda é muito grande, mesmo depois do desparecimento dos que seguiam para São Paulo, para Belo Horizonte, para Campos e Vitória, para Salvador, para Três Rios e centenas de outras cidades pelo Brasil afora, linhas que foram - dizem alguns - criminosamente suprimidas em favor de interesses outros. De qualquer forma, mesmo sem os seus passageiros engravatados e formais, hoje com os seus passageiros simples e nada informais, sem a limpeza de outrora, ela ainda ostenta uma majestade digna de seu nome
Estação do Campo, Estação da Corte. Todos esses foram nomes da estação hoje chamada de Dom Pedro II, mas popularmente chamada de Central do Brasil. Na verdade, a Estação da Corte ficava no Campo da Aclamação. Sim, o nome da ferrovia, esta desaparecida em 1975, acaba sendo o nome informal da estação, e ainda resiste a todas as mudanças da sociedade à sua volta. Foi nome de filme que até concorreu ao Oscar. Teve um prédio construído em 1858 para inaugurar a linha - claro, com a presença do Imperador que lhe emprestaria o nome apenas anos mais tarde (mais precisamente, em 2/12/1925). Foi reformado anos mais tarde - teve a parte central do edifício reconstruída em 1871. Em 1879, Pereira Passos afirmava que ainda se estavam por fazer duas alas laterais, o aumento da coberta sobre as plataformas de passageiros e uma outra coberta igual a essa para o serviço especial dos trens de subúrbios. Foi finalmente demolido nos anos 1940, quando se entregou o prédio atual (1943), que além de estação, ainda servia de escritórios para a E. F. Central do Brasil, mais tarde para a RFFSA. Em fevereiro de 1938, com a inauguração da eletrificação da linha da Central até Belém (Japeri), e com as obras de construção do edifício da estação atual, manteve-se apenas estes trens partindo da estação. Os trens a vapor passaram a partir da estação de Alfredo Maia (Jornal do Brasil, 28/1/1938). Apenas no dia 14 de junho de 1941, todos os trens voltaram a sair da plataforma da nova estação ainda inacabada (Folha da Manhã, 7/6/1941).
O Rio de Janeiro teve várias ferrovias saindo da mesma região onde hoje está a Dom Pedro II, mas somente esta resistiu: as outras, Barão de Mauá, Alfredo Maia, Francisco Sá, que serviram à velha E. F. Leopoldina, à linha Auxiliar... todas foram fechadas. Tudo foi centralizado na primeira delas, que até hoje vê sair os trens metropolitanos para Japeri, a antiga Belém, para Paracambi, a antiga Tairetá, para Vila Inhomerim, a antiga Raiz da Serra... o movimento de trens ainda é muito grande, mesmo depois do desparecimento dos que seguiam para São Paulo, para Belo Horizonte, para Campos e Vitória, para Salvador, para Três Rios e centenas de outras cidades pelo Brasil afora, linhas que foram - dizem alguns - criminosamente suprimidas em favor de interesses outros. De qualquer forma, mesmo sem os seus passageiros engravatados e formais, hoje com os seus passageiros simples e nada informais, sem a limpeza de outrora, ela ainda ostenta uma majestade digna de seu nome