Fórum de debates da Associação Ferroviária Trilhos do Rio

FOTO 5 NO MAPA

Gulherme, Denys e demais foristas.

Abaixo segue uma seqüência sobre o que é mais provável ser a seqüência de acontecimentos na estação de Maria da Graça, a não ser que algo novo surja.

A estação me parecia ainda estar em obras em 1928. Reparem que os contrastes não estão definidos. A estação está representada pela seta vermelha.
Essa estação veio a substituir a primitiva parada Cesário Machado que estaria próximo a seta bege. O retângulo não me parece a parada e sim um vagão, pois parece estar bem na direção da linha.
Reparem que a linha auxiliar já era dupla e uma das linha não passava pela plataforma de Maria da Graça.
No ano seguinte, finalmente e inaugurada a estação. Primeiro a foto da frente voltada para a Rua Domingos de Magalhães. O outro lado só tinha mato. Obs: Fotos postadas pelo forista Melekh.
Olhem a altura da construção. Deve ter 3m ou 3,5m no máximo em face ao tamanho das pesoas. Abaixo a foto de perfil com a lateral de estação vista da plataforma. Reparem que há uma porte ou janela atrás das pessoas na fachada lateral da estação.
Nesse ângulo, o fotógrafo parece estar de costas para Vieira Fazenda, mas não tenho certeza. Mais abaixo já em 1934, em foto aproveitada pelo Denys, vemos a estação com a plataforma visivelmente ampliada. O sentido de Vieira Fazenda está para esquerda e Del Castilho para a direita.
O círculo amarelo indica a estação e a seta azul, que seria o vão que ficava na metade do prédio e cujo outro lado está o dístico Maria da Graça.
A seta laranja indica a plataforma bem comprida, apesar que na foto anterior não temos como saber se as pessoas estão na ponta da plataforma. A minha comparação é com a aerofotogrametria de 1928.
Como disse no depoimento anterior, não dá para ver se em 1934 já existia uma plataforma da Rio D'ouro. Pelo ângulo, parecia uma, mas na repostagem abaixo de 1948, vemos em primeiro plano, a plataforma da Rio D'ouro e ao fundo, já com mais de 20 anos de inaugurada, a estação original. Dois trilhos parecem separar as estações. O galpão parecia ainda não existir.
Indiquei com a seta vermelha, o que seria o prédio original.
O Dado chegou a ter a opinião que se tratava do galpão, mas para mim, se fosse o mesmo, a edificação seria bem mais alta. É só comparar com a cobertura que existe do lado esquerdo, mas não existia até 1934.
Essa foto é a única que temos até agora que parece mostrar as 2 plataformas juntas. Não dá para perceber se a que está ao fundo (original da auxiliar) está recebendo passageiros.

Em algum momento, a plataforma da Rio D'ouro que está em primeiro plano acima, foi desativada e o prédio original da estação foi demolido ou englobado pelo galpão, sendo este muito maior..
Isso é uma estimativa. Não sabemos a ordem dos acontecimentos, mas agora começo a pensar que talvez as duas plataformas tenham sido desativadas na mesma época ou próxima.
Abaixo vejam, a estação que seria da Rio D'ouro já abandonada em 1958. Essa plataforma era mais próxima da Rua Antônio de Freitas. Essa estação era praticamente igual a estação de Del Castilho da Rio D'ouro, ou seja, com caimento da telha invertido (calha no meio), estrutura de pilar de concreto e telha de amianto.
Ao fundo do grupo andando, talvez uns 20 metros, vejo que o caminho de terra indo em direção aos trilhos. Seria o acesso da Estação da estação Maria da Graça da Rio D'ouro?
Agora abaixo, a famosa foto do Ermakoff onde mostra pessoas indo a estação. Essa plataforma para mim, seria uma terceira plataforma, que substitui a estação original, provavelmente demolida ou englobada pelo galpão e a da Rio D'ouro ao fundo. Reparem os pilares ao fundo a esquerda, já com a plataforma demolida.
É a mesma estação da foto de 1958 acima.
A foto de baixo não deve ser muito distante de 1958, talvez alguns anos depois.

Essa plataforma abaixo tem linha mista, o que mostra que poderia receber trens da auxiliar e Rio D'ouro e essa plataforma está entre as linhas 1 e 2, nada tendo a ver com a posição da plataforma original. A plataforma da foto abaixo teria sido demolida no início dos anos 70, talvez.
O fotógrafo está de costas para Del Castilho na foto abaixo.

Só para complementar, eu e o Melekh estivemos no local.
Antes de tecer sobre o assunto, vou aproveitar a foto do Guilherme abaixo para informar que na vistoria feita, um senhor entre 50 e 60 anos,
informou que o acesso a estação era pelo portao abaixo.
Provavelmente de onde vém as moças que parecem entrar na estação na foto do Ermakoff.


Esse senhor disse que se lembrava da estação, mas disse que a plataforma era mais para o meio das linhas, o que fortalece minhas suspeitas sobre o explicado acima.
Ele não teria idade para se lembrar da estação original.

Depois de tecer muito o assunto com o Dado e reforçando que fui ao local com o Melekh, tirei fotos do que já tinha suspeitado e falado com o Dado.
Uma laje englobada pelo galpão, cujo tamanho estava mais coerente com o da estação original.
O que mais me chamou atenção não foram as janelas, parecidas com as do fundos da estação (ver foto de 1934), pois esses janelas são comuns e sim uma laje inserida sem nenhuma coerência arquitetônica com o galpão. Ao perguntar se podíamos entrar, o responsável disse que não, pois moravam pessoas ali e o proprietário não estava.

Para dirimir essa dúvida, teria que ser feita uma superposição da aerofotografia de 1928 com a região atualmente e ver as posições do galpão e estação original.
Acho que uma das paredes do galpão, faceou a da estação original, internamente ou externamente.

Abaixo mais uma foto do interior do local.

Pessoal, aproveitando um vídeo que o membro Hugo Caramuru me cedeu para edição e postagem mostrando uma viagem entre Paraíba do Sul e o Rio de Janeiro, capturei alguns fotogramas deste vídeo e estarei postando algumas coisas interessantes.
Abaixo, o momento que o trem passava ao lado do desvio de manutenção de trens, em frente à estação Maria da Graça, que não aparece, à esquerda:

Abaixo a aerofotogrametria da estação Maria da Graça, hoje demolida, e com uma plataforma relativamente comprida.

Apesar da baixa resolução parece que a plataforma exclusiva da Rio D'ouro já estava em ruínas ou já arrasada, pois não vejo contrastes onde coloquei a seta na cor abóbora.
A plataforma restante e representada por setas amarelas portanto atendia os trens da linha auxiliar e da Rio D'ouro nessa época.

Sobre o galpão indicado no início desse tópico, ele não é a estação. Ele aparece ao lado em conjunto com a estação.

29/06/1929 é data correta da fundação da estação ?

E alguém sabe dizer o motivo desse nome ?

Não sei te responder, mas Maria da Graça foi um loteamento planejado e a data de inauguração da estação foi a citada na reportagem do Malho, mais acima.