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Com informações do Jornal O Dia, coluna Informe do Dia
Artigo publicado em 14 de julho de 2023 às 1h36
Última atualização em 14 de julho de 2023 às 1h36

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Os passageiros que utilizam os trens da Supervia frequentemente reclamam da qualidade do serviço, sem saber que a operação é constantemente sabotada pela ação de criminosos. O furto de assentos é uma realidade que tira de circulação 18 trens a cada semestre, gerando custos para sua reposição. Um exemplo desse vandalismo ocorreu na estação do Maracanã, onde os prejuízos ultrapassaram R$ 1 milhão somente este ano. A Supervia teve que gastar o equivalente a 1.500 passagens por dia para consertar o muro danificado. No entanto, assim que o cimento secou, o local foi vandalizado novamente.

Além disso, ao longo da malha ferroviária, os usuários criaram cerca de 123 passagens clandestinas para evitar o pagamento. A concessionária fecha entre seis e dez buracos e/ou passagens de nível todos os meses, mas cerca de 30% são reabertos ilegalmente, demonstrando uma ousadia preocupante. A empresa gastou mais de R$ 2,7 milhões nos últimos 17 meses em reparos ao longo de toda a linha férrea.

Outro problema enfrentado pela Supervia é o furto de cabos, que ocorreu em cerca de 130 km da malha ferroviária entre março de 2022 e fevereiro deste ano. Atualmente, já foram registradas 193 ocorrências desse tipo de furto, totalizando mais de 12 km de material roubado por criminosos. Além dos prejuízos financeiros de mais de R$ 12 milhões para a empresa, esses furtos afetam a operação e causam transtornos, pois as composições precisam reduzir a velocidade para evitar acidentes. O aumento do intervalo entre os trens prejudica todos os usuários e gera estresse para os cariocas.

No último ano, a concessionária investiu mais de R$ 40 milhões em segurança. No entanto, a empresa não tem o poder de polícia, e é imprescindível que o Governo do Estado não fique de braços cruzados diante dessa situação. Com 104 estações ao longo de uma malha ferroviária de 270 km, o sistema de transporte precisa de investimentos e combate à depredação para melhorar a qualidade do serviço oferecido aos passageiros.

 

Imagem de capa: Divulgação

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  • AF Trilhos do Rio

    A Associação Ferroviária Trilhos do Rio - AFTR é um grupo de amigos, profissionais, entusiastas e pesquisadores ferroviários que organiza, desde o ano de 2009, eventos, atividades e pesquisas, tanto documentais quanto em campo, sobre a história e patrimônio ferroviário do estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de resgatar, preservar e divulgar a história e memória dos transportes sobre trilhos fluminenses.

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