Com informações do site G1
Texto escrito em 20 de julho de 2023 às 19h41
Última atualização em 20 de julho de 2023 às 19h41
Em meio a uma série de desafios contínuos, a Supervia anuncia a saída do seu presidente com o intuito de “dedicar-se a projetos pessoais”. Antonio Carlos Sanches, que ocupava o cargo desde 2019, revelou que deixará a posição nesta sexta-feira (21).
Na semana passada, um desdobramento jurídico surgiu quando a Justiça concedeu uma liminar proibindo o Governo do Rio de interferir na operação dos trens, o que trouxe ainda mais complexidade à situação.
Diante disso, a concessionária recorreu à Justiça em resposta ao anúncio do secretário estadual de Transportes, Washington Reis, sobre o término do contrato e a preparação para uma transição. Uma audiência pública foi agendada para a próxima semana para discutir o assunto em questão.
No final de abril, o grupo japonês Gumi, que detém o controle da empresa, comunicou sua intenção de não continuar com a concessão. Alegaram dificuldades financeiras, perdas de receita devido à pandemia, danos causados por furtos de materiais e cabos, além do congelamento da tarifa contratual.
A Supervia mencionou que divulgará em breve o nome do novo presidente. Desde junho de 2021, a empresa está sob recuperação judicial devido à crise econômica.
O serviço oferecido está consideravelmente aquém do padrão esperado. Usuários têm se queixado do custo do transporte e da insuficiente qualidade do sistema. Atrasos, interrupções e falhas frequentes são apenas alguns dos problemas enfrentados diariamente.
No passado, em outubro do ano anterior, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) chegou a recomendar a reestatização do sistema ou a formulação de um novo modelo de licitação para o serviço.
Na última terça-feira (18), um acidente envolvendo um ônibus e um trem em Japeri resultou em 19 feridos e levou à suspensão temporária do funcionamento do ramal.
Foto de capa: Reprodução TV Globo