Procurei analisar bem as fotos e acho que tive uma visão, inicialmente diferente de vocês. Na foto do Malho de 1908, os trilhos da Rio D'ouro já próximos ao largo estão totalmente sobrepostos no terreno, inclusive os dormentes.
Reparem que nessa foto, há uma rua ao fundo e mais ainda ao fundo parece haver casas.
Não dá para ver direito devido à resolução ruim da foto.
Os trilhos da Rio D'ouro parecem se aproximar em um bom ângulo da igreja, como um relógio marcando 08:30h.
Mais uma vez, segue a foto. Já na foto abaixo, as marcas são muito tênues, o portão está mais afastado e o ângulo parece ser mais rasante. É como se essa via não fosse a Vicente de Carvalho e sim, a Avenida Nossa Senhora da Penha. A cerca com mourões de concreto mais em primeiro plano poderia ser onde hoje é um quartel de corpo de bombeiros e talvez isso explique as casas, uma vez que essa foto foi tirada 1 anos depois da foto acima, não justificando tantas casas novas em um período curto.
Nesse caso, os trilhos da Rio D'ouro estariam a esquerda do matagal, que é o largo e que devido a baixa resolução não daria para ver.
Posso estar enganado, mas o que parece é isso. Tais marcas poderiam ser de bonde a tração animal ou causado por outro veículo, tais como charretes que passariam sempre no mesmo trecho, marcando a rua de terra.
Posto aqui de novo, a foto que o Dado já o fez para uma comparação direta. Dado: Em relação ao portão, você pode sim ter total razão. Como isso não foi pensado antes?
A única questão é enfatizar que tal portão parece ter sido construído na reforma da igreja entre 1904 e 1908.
Parece que na concepção artística de 1904, parece não haver portão e sendo assim, não havia um marco de parada, sendo a entrada do próprio caminho, até então de terra batida, até a Igreja.
Francisco Amaral escreveu:Dado, essa foto é sensacional.
Vc notou o portão do parque da Penha ao fundo da foto?
Pela posição do portão e da igreja, esta teria que ser a Av. Brás de Pina, e por consequência, teria que haver trilhos. Para mim são trilhos.
A única coisa que não ta se encaixando na minha cabeça ainda é a comparação entre esta foto e a foto do O Malho de 1908. A paisagem no local é bem diferente, uma com casas e outra sem nada.