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Narrativa se aproxima de “filme de terror ferroviário” pois tudo se apresenta, mas nunca uma proposta envolvendo transporte e mobilidade.

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*Com informações do Jornal O Globo (parcialmente)

A Prefeitura do Rio manifestou mais uma vez interesse em adquirir um terreno que pertence à União, localizado atrás da Estação Barão de Mauá, conhecida como estação Leopoldina, apresentando um plano conceitual para a ocupação dessa área. O prefeito Eduardo Paes pretende expandir a infraestrutura desenvolvida no Porto Maravilha para a região da Leopoldina, transformando-a em um complexo cultural “vibrante”, segundo ele. A proposta inclui a criação da Cidade do Samba 2, abrigando escolas do Grupo de Acesso e outros equipamentos públicos, incluindo a restauração do prédio da estação e seu uso como centro cultural.

O terreno da União, composto pela estação e outros três terrenos, tem mais de 124 mil metros quadrados. Se a compra for concretizada, a prefeitura se compromete a recuperar a estação tombada pelo Iphan, enfrentando uma ação do Ministério Público Federal que exige obras de recuperação desde 2013. O projeto executivo prevê ainda melhorias, como a adição de terraço e jardins ao prédio da estação. Mais detalhes podem ser conferidos no artigo abaixo, publicado recentemente aqui no site Trilhos do Rio.

Nas redes, mais um capítulo sobre a estação Leopoldina.

O projeto inclui ainda a construção de até 560 apartamentos divididos em mais de 30 prédios em parte do terreno, próximos a uma estação de VLT existente na região. Além disso, a prefeitura planeja construir um ginásio experimental tecnológico e um centro de convenções de médio porte. Se a transferência da propriedade for realizada, os próximos passos envolverão estudos para definir orçamentos e a execução das obras, podendo envolver recursos públicos, parcerias público-privadas ou financiamento privado, em colaboração com o BNDES.

Nas redes e entre a sociedade, as opiniões são divergentes. Por um lado algumas pessoas acreditam que o plano seja benéfico ao ser executado pois, ao menos, o prédio da estação seria reformado e teria um uso cultural. Além disso o terreno seria aproveitado para outros usos, deixando de lado o abandono de décadas por (falta de) medidas inexplicáveis do poder público. Porém, a maioria releva que seria o sepultamento do local como estação ferroviária e um hub em mobilidade pública, área em que o Rio de Janeiro como cidade e estado ainda engatinha em evolução, perdendo tempo e se mantendo atrasado neste quesito não apenas entre metrópoles do mundo, mas no próprio país. O Terminal Intermodal Gentileza (TIG) está sendo construído muito próximo da estação Barão de Mauá, porque não foi construído ali?

Este mesmo Rio de Janeiro que já foi capital federal e referência em inovações e iniciativas, continua lindo, mas não tão inovador e consciente como foi em outras épocas.

 

Texto escrito em 16 de dezembro de 2023 às 12h38
Última atualização em 16 de dezembro de 2023 às 12h38
Imagem de capa: Márcia Foletto / Agência O Globo

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  • AF Trilhos do Rio

    A Associação Ferroviária Trilhos do Rio - AFTR é um grupo de amigos, profissionais, entusiastas e pesquisadores ferroviários que organiza, desde o ano de 2009, eventos, atividades e pesquisas, tanto documentais quanto em campo, sobre a história e patrimônio ferroviário do estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de resgatar, preservar e divulgar a história e memória dos transportes sobre trilhos fluminenses.

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