ESTE SITE SERÁ DESCONTINUADO EM BREVE. FAVOR ACESSAR trilhosdorio.org
Tempo de leitura: 5 minutos

Texto escrito por Mozart Rosa, em parceria com Carlos Eduardo Branco*

Continua após a publicidade

Campo Grande é o maior bairro do Rio de Janeiro, já foi mais próspero, tinha uma quantidade bem significativa de indústrias, mas sempre teve um sério problema que era e continua sendo a mobilidade. Embora seja um bairro aprazível, ainda ótimo para se morar, quem mora em Campo Grande tem enorme dificuldade em chegar com rapidez ao centro do Rio de Janeiro.

Como forma de minimizar esse problema, apresentamos uma proposta que pode ajudar. O Expresso Campo Grande. Um serviço expresso regular, ligando Campo Grande a Central do Brasil, com tarifa diferenciada.

Um serviço expresso operado inicialmente por litorinas e posteriormente por veículos próprios, a serem comprados por uma nova concessionaria que deverá operar esse serviço.

A razão para uma nova concessionária é simples, a Supervia que opera o sistema é uma empresa que transporta grandes volumes de passageiros, em diversos horários e opera trens elétricos, sua composição de custos é calculada assim. A litorina é movida a diesel, algo que é estranho para os profissionais de manutenção da Supervia, ótimos profissionais, mas em sua maioria com qualificação na área elétrica. Além da Litorina ter poucos horários previstos e um volume de passageiros bem menor.

Litorina pertencente ao DNIT e atualmente abandonada em Miguel Pereira.

Em princípio, pela brevidade para início da operação, essa ligação seria feita com as litorinas ainda existentes, existe uma dela parada e ainda um pouco funcional em Miguel Pereira, mas praticamente abandonada. E outra abandonada no depósito do DNIT em Santos Dumont–MG. Desconhecemos as condições atuais dessa Litorina de Santos Dumont.

Essa operação com litorinas seria provisória, a ideia é que com o tempo o empresariado adquira junto a Marcopolo, VLTs a diesel como os abaixo. VLTs que permitem espaço para dois cadeirantes, algo inédito no Brasil, e espaço para 100 pessoas divididos em duas classes, uma com poltronas largas para pessoas grandes e obesas e outra para pessoas comuns.

Seria um serviço de tarifa diferenciada que atenderia a quem estivesse disposto a pagar mais caro para chegar mais rápido, sentado e com conforto. Se as pessoas pagam atualmente até R$ 19,00 por uma passagem no ônibus especial sujeito aos engarrafamentos da Av. Brasil, certamente essas mesmas pessoas pagariam esse valor na Litorina, um serviço diferenciado, com um tempo de viagem previsto de 30 minutos. Esse serviço não tem a pretensão de concorrer com o trem, tanto pela quantidade reduzida de horários como pelo preço cobrado.

VLT a diesel produzido pela Marcopolo, adesivado com as cores da Útil, uma das empresas do Grupo Guanabara. Imagem puramente ilustrativa.

Um aviso importante para quem gostou de nossa proposta. Para que ela saia do papel, é preciso da concordância e da participação da Supervia, nada vai funcionar sem a participação dela. Ela precisa ser consultada e concordar com a ideia. Nada pode ser “na marra”. Ela pode eventualmente até cobrar um valor a título de direito de uso de suas linhas, da empresa que administrará o Expresso Campo Grande. O estado deve apenas intermediar isso. Esperamos que o estado tenha pessoas qualificadas para esse tipo de mediação.

Não sejamos como Vicente Feola na copa de 1958, que criou no quadro negro uma série de jogadas e candidamente Garrincha perguntou a ele, e disse a famosa frase “O Sr. combinou com os russos?” No caso, a Supervia.

Abaixo em vermelho a plataforma de canto existente na Estação Central do Brasil a ser usada inicialmente para o embarque e desembarque de passageiros na litorina e para os futuros veículos desse projeto. Posteriormente os embarques e desembarque, serão feitos na estação Leopoldina devidamente reformada.

Vista aérea das plataformas e das linhas, na estação Central do Brasil

 

Vista lateral da plataforma que pode ser usada para a operação do serviço. Essa plataforma só é usada pela Supervia para seus veículos de serviço.

A foto abaixo mostra em vermelho a plataforma abandonada em Campo Grande onde a composição faria a parada para embarque e desembarque de passageiros deste serviço.

Plataforma que poderá ser chamada de Campo Grande Expressa. Originalmente chamada de E.F.C.B. – SECCIONADORA BS

Acima, aspecto externo da SECCIONADORA BS, local a ser usado depois de devidamente reformado para embarque e desembarque de passageiros, uso exclusivo desse serviço diferenciado.

Continua após a publicidade

Gostou? Curtiu?
Compartilhe!

Agradecemos a leitura, até a próxima!

O conteúdo deste artigo pode refletir, ou não, a opinião da instituição, sendo de inteira responsabilidade de seu autor.

 

Imagem de capa:  Foursquare, por Fábio B

Loading

Autor

  • Mozart Fernando

    Engenheiro Mecânico formado pela Faculdade Souza Marques em 1992, foi secretário-geral da AFTR no mandato 2017-2020 e atualmente ocupa o cargo de diretor-técnico da instituição. Iniciou sua carreira profissional em 1978 trabalhando com um engenheiro que foi estagiário da RFFSA entre 1965 e 1966. Esse Engenheiro durante esse período trabalhando no setor de cremalheiras acompanhou o desmonte da E.F. Cantagalo e conhecia diversas histórias envolvendo o desmonte da Ferrovia de Petrópolis realizado pela mesma equipe. Histórias que muitos preferem esquecer. Parte dessa convivência extremamente valiosa está transcrita nos textos publicados pela AFTR. Não se considera um “especialista” em ferrovias, outra palavra que hoje no Brasil mais desmerece do que acrescenta. Se considera um “Homem de Negócios” e entende que o setor ferroviário só terá chance de se alavancar quando os responsáveis por ele também forem homens de negócios. Diferente de rodovias, as ferrovias são negócios. E usar para ferrovias os mesmos parâmetros balizares de construção e projeto usados em rodovias redundará em fracasso. Mozart Rosa é alguém que mais que projetos, quer apresentar Planos de Negócios para o setor.

    Ver todos os posts

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

4 + 19 =

Previous post 04 de junho: dia do Agrimensor!
Next post [VÍDEOS] Instalações da Supervia sofrem tentativa de incêndio em Deodoro
error: Este conteúdo não pode ser copiado. Caso use o arquivo, por favor cite a fonte.