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Com a palavra o atual Presidente da AFTR, Eduardo Moreira (‘Dado’):

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A AFTR surgiu por volta de 2009 e era conhecida inicialmente apenas como “Trilhos do Rio”, tendo origem a partir de pesqusias e vídeos, sobre ferrovias operacionais ou extintas, gravados por mim. Em 2014, ao se formalizar, assumiu a denominação de “Associação Ferroviária Trilhos do Rio”, já com certa notoriedade, presença, consideração e respeito no meio preservacionista histórico e ferroviário. Com essa formalização vieram também mais responsabilidades, custos, tarefas e atividades, trazendo a evolução e o amadurecimento da instituição. Entretanto, já estamos no terceiro mandato de três anos, findando o atual em 2023, e nunca houve uma participação ou divisão de tarefas efetiva entre os diretores ou membros do grupo, com uma ou outra exceção pontual. Compreendo os afazeres e rotinas de cada um, que impedem uma participação mais significativa, mas no mínimo algo a mais poderia ser acrescentado, até mesmo financeiramente, para quem pode contribuir ao menos com R$ 10,00 mensais (também acredito que esse valor faça diferença e faça falta para alguns, contudo).

O fato é que as tarefas e compromissos da instituição se concentram principalmente em mim, Eduardo, o Presidente; e no Carlos Assis, atual Vice-Presidente. Carlos Assis nem iria fazer parte das diretorias desde 2014, mas já na fundação ele percebeu que não tínhamos experiência na área jurídica e participou da diretoria, nunca cobrando nada pelos muitos
serviços executados. Na ocasião ele assumiu o cargo de Secretário-Geral e atualmente ocupa pela segunda vez o cargo de Vice-Presidente da AFTR.

Pensamos, por outro lado também, que tudo tem seu prazo de validade ou funcionamento. Temos muitos afazeres e compromissos além da instituição, tanto familiares quanto profissionais, mas mesmo com todas as dificuldades conseguimos conciliar. Todavia, na atualidade tem se tornado muito difícil dar continuidade aos trabalhos. Eu, inclusive, estou em um processo atual que, ao se concretizar e se concluir, provavelmente impedirá ou tornará praticamente inviável a participação mais efetiva e, sobretudo, presencial junto à AFTR. Estudos, novo emprego e moradia fora do Rio de Janeiro são alguns dos fatores, portanto tudo isso é possível e certamente o mais provável. Isso significa que este mandato 2020-2023 muito provavelmente será o meu último como Presidente e, simultaneamente, também o último do Carlos Assis ocupando um cargo executivo na AFTR. Por isso, o futuro da instituição pode tomar duas direções:

  1. nós passarmos as orientações e instruções de funcionamento e manutenção da instituição para um novo grupo e diretoria interessados em assumir o próximo mandato em 2023;
  2. encerramento da instituição como pessoa jurídica.

No segundo caso apenas a parte formal e mais dispendiosa seria suprimida, mantendo-se os sites, redes sociais e outras mídias digitais da AFTR como sempre foi, aliás, desde o princípio, nos fazendo recordar que assim surgiu o grupo: através do fórum de debates, que está online até hoje. Desde que haja a continuidade de contribuições que mantenha os serviços online, neste caso os sites “AF Trilhos do Rio” e “Trem de Dados”. Será publicado em breve um edital de convocação para participação de todos, a fim de definir o futuro da instituição, que completará 7 anos de formalização em novembro de 2021.

Durante este tempo em que estive à frente da AFTR, e mesmo antes da sua formalização como ONG e instituição sem fins lucrativos, tenho muito que agradecer. Reunimos muitas pessoas incríveis em torno do mesmo ideal, fizemos diversas amizades verdadeiras e sinceras, conhecemos muita gente bacana (praticamente todos), e passamos por muitos momentos especiais e únicos durante nossas tradicionais expedições e atividades de pesquisa, já replicadas por outros grupos. Uma das minhas mais recentes alegrias foi a reativação da nossa coirmã Associação Fluminense de Preservação Ferroviária – AFPF, após a possibilidade quase irreversível de encerramento, e vê-la que atualmente está muito bem, com uma equipe sólida e buscando alcançar e cumprir seus objetivos. O saudoso Luís Octávio, um dos fundadores e presidente perpétuo da AFPF, deve estar muito contente com isso, onde ele estiver.

Sem mais para o momento, nos colocamos à disposição para eventuais esclarecimentos.

Eduardo Moreira – Presidente AFTR
Carlos Assis – Vice-Presidente AFTR

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