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Proposta, anunciada antes, foi reforçada agora que o prefeito foi reeleito para o cargo

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Com informações do Jornal O Globo*

 

A Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou um ambicioso plano para modernizar o transporte público da cidade. O projeto inclui a substituição dos ônibus movidos a diesel por veículos sobre trilhos, que serão alimentados por eletricidade e equipados com sistemas de armazenamento de energia, além da implantação de novas linhas de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). O prefeito Eduardo Paes promete transformar o sistema de transporte durante seu próximo mandato, focando em um transporte mais sustentável e eficiente. Essa pauta foi publicada há alguns meses pelo próprio prefeito, e veiculada aqui no site Trilhos do Rio:

Prefeitura quer ajuda federal para trocar BRTs por VLTs

Entre as propostas, destacam-se três novas linhas de VLT, com um custo total estimado em R$ 16 bilhões. Duas dessas linhas utilizarão os corredores dos BRTs Transcarioca (que liga o Terminal Alvorada, na Barra, ao Aeroporto Tom Jobim) e Transoeste (que vai do Jardim Oceânico, na Barra, até Campo Grande e Santa Cruz). A terceira linha, ainda não existente, conectará Botafogo à Gávea, um trajeto que havia sido planejado para o metrô, mas que nunca saiu do papel.

Além dos investimentos em trilhos, a prefeitura planeja realizar uma nova licitação para as linhas de ônibus municipais, com a exigência de que toda a frota seja equipada com ar-condicionado. A licitação deve substituir os contratos vigentes, assinados em 2010, que não previam a climatização dos ônibus e expiram em 2028, último ano do mandato de Paes. O novo modelo também deverá reorganizar as linhas, eliminando a sobreposição de trajetos e assegurando a cobertura completa do sistema.

Para viabilizar essas mudanças, o município estuda manter o subsídio às tarifas, como ocorre atualmente, e continuar remunerando as empresas por quilômetro rodado, uma prática adotada desde junho de 2022 para melhorar o sistema de transporte. Fontes da prefeitura indicam que o projeto deve levar cerca de três anos para ser concluído, e que a modelagem dos contratos de concessão e estudos de demanda estão sendo conduzidos pelo BNDES, com previsão de conclusão em dezembro.

Para financiar os projetos, o município avalia diferentes alternativas, como buscar recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) junto ao governo federal ou lançar uma concessão patrocinada, onde a empresa vencedora realizaria as obras e seria paga em parcelas pelo governo.

Se os planos forem implementados, os três novos VLTs terão uma extensão total de 226 quilômetros. O projeto da Zona Sul, que é o mais barato, tem um custo estimado de R$ 1,3 bilhão, com um trajeto de 12 quilômetros e 13 estações, utilizando faixas de trânsito já existentes nas ruas Jardim Botânico, Humaitá e Voluntários da Pátria. Inicialmente, Paes havia prometido começar as obras em seu atual mandato, com previsão de inauguração para 2025, mas a execução foi adiada.

Os corredores de VLT nos BRTs Transcarioca e Transoeste devem exigir investimentos adicionais de R$ 14,7 bilhões, podendo chegar a R$ 21 bilhões se as obras forem iniciadas do zero. Essas mudanças ocorrem após a prefeitura investir cerca de R$ 2 bilhões nos últimos três anos e meio para adquirir 700 ônibus articulados e terrenos destinados a garagens para o sistema BRT. Com a conversão para VLT, os ônibus articulados recém-adquiridos seriam utilizados como uma frota reserva para os corredores Transolímpico (Recreio-Deodoro) e Transbrasil (Deodoro-Caju), prolongando sua vida útil e gerando economia para o município, já que esses veículos são significativamente mais caros que os ônibus convencionais. Em uso intenso, os articulados precisam ser substituídos a cada oito anos, o que torna a conversão para VLT uma solução mais econômica a longo prazo.

 

Texto escrito em 19 de outubro de 2024 às 11h48
Última atualização em 19 de outubro de 2024 às 11h48
Imagem de capa: divulgação Alstom

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Autor

  • AF Trilhos do Rio

    A Associação Ferroviária Trilhos do Rio - AFTR é um grupo de amigos, profissionais, entusiastas e pesquisadores ferroviários que organiza, desde o ano de 2009, eventos, atividades e pesquisas, tanto documentais quanto em campo, sobre a história e patrimônio ferroviário do estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de resgatar, preservar e divulgar a história e memória dos transportes sobre trilhos fluminenses.

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