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Com informações do site Diário do Rio
Artigo publicado em 17 de junho de 2023 às 0h42
Última atualização em 17 de junho de 2023 às 0h42
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O icônico relógio da Central do Brasil, uma das características mais marcantes do Rio de Janeiro, celebra seu 80º aniversário. Esse símbolo tradicional da cidade foi construído pela filial brasileira da International Business Machines (IBM) e inaugurado por Getúlio Vargas durante o período do Estado Novo, no ano de 1943.
Localizado no topo do Edifício Dom Pedro II, na Avenida Marechal Floriano, no Centro do Rio, o relógio é o orgulho da sede da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (SEAP), responsável por sua manutenção. A estrutura, em estilo art déco, foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 1996, após sofrer com abandono e vandalismo, como pichações e desalinhamento entre os ponteiros.

O edifício já foi considerado a estrutura de concreto mais alta do mundo, com 135 metros de altura. As quatro faces do relógio ocupam do 21º ao 26º andar da torre, que possui 110 metros e 32 andares.
Projetado para ser uma referência em pontualidade e ser visível de vários pontos do Rio de Janeiro, o relógio ostenta ponteiros gigantes que, juntos, pesam quase 500 kg. O ponteiro dos minutos mede 7,5 metros de comprimento e pesa 270 kg, enquanto o das horas tem 5,35 metros e 182 kg. No passado, era necessário que funcionários ficassem de plantão e até mesmo dormissem nas dependências da torre para garantir o funcionamento adequado do relógio. Nos últimos andares, existem quatro suítes onde esses trabalhadores ficavam acomodados.
Com o passar do tempo e as modernizações, incluindo a reforma mais recente em 2018, o sistema interno do relógio, responsável pelo controle dos ponteiros externos, foi automatizado, eliminando a necessidade de funcionários na torre. Atualmente, a manutenção requer uma mão de obra mais especializada, embora seja realizada diariamente.

O que muitos cariocas desconhecem é que o relógio da Central do Brasil é maior em termos de magnitude do que o famoso Big Ben em Londres, Inglaterra. No entanto, infelizmente, ele não recebe o mesmo reconhecimento nem é explorado como um potencial ponto turístico.
Sua grandiosidade se destaca pelo fato de que o exemplar brasileiro possui dez metros de diâmetro, enquanto o britânico tem apenas sete. Além disso, a torre do Big Ben possui 96 metros de altura e 11 andares, ou seja, é inferior à da Central do Brasil.
Imagem de capa: Acervo Benício Guimarães