Por:
Eduardo (‘Dado’)

Colaboração:
Juan Fischer (‘Bebê’)

A Estação da Côrte ou do Campo, como também era conhecida, foi inaugurada em 1858 e a partir dela se alcançava por trilhos diversas cidades do interior do estado do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, tornando-se uma das principais ferrovias do país até os dias atuais. A estação original foi substituída pela versão atual no final da década de 1930/início da década de 1940, após o início da eletrificação das linhas suburbanas e metropolitanas.

A primeira versão da estação era ornamentada com diversas obras de arte, sendo uma bem marcante e visível por se situar sobre o acesso principal da Gare aos passageiros. Batizada de “O Progresso”, a escultura em bronze foi inaugurada no dia 2 de novembro de 1885, às 5 horas da manhã e custou 1.500$000 (um milhão e quinhentos mil Réis).

“O Progresso” é uma estátua fundida em Bronze, criada por Cândido Caetano de Almeida Reis, escultor brasileiro ativo entre 1864 a 1889. A obra, de tamanho maior que o natural, possui aproximadamente 3,50 metros e foi concebida para ser fundida em cimento e ficar em cima do relógio da Estação Central da Estrada de Ferro Dom Pedro II. Mas, em agosto de 1885, se decidiu pela fundição em bronze, sob a direção de Almeida Reis e na presença do Imperador, nas oficinas da Estrada de Ferro.

A obra “O Progresso” é uma das poucas obras públicas que Almeida Reis conseguiu realizar, sendo encomenda de José Ewbank de Camara (1843-1890), um amigo de infância do escultor e diretor da Estrada de Ferro Dom Pedro II. Representa uma figura masculina seminua, com o braço direito segurando um escudo com uma locomotiva, e o esquerdo levantado segurando raios alusivos à eletricidade. Tem a perna direita estendida formando uma diagonal com o braço contrário, e a esquerda flexionada sobre a parte superior do relógio onde se assenta. Após a demolição da Estação Original, na década de 1940, a estátua foi levada para o Museu Dom João VI, da Escola de Belas Artes (UFRJ).

 

 

Gostou? Curta, compartilhe!
Até a próxima!

Tempo de leitura: < 1 minuto

Loading

Continua após a publicidade

Autor

  • Eduardo ('Dado')

    Formado em Arquivologia, pós-graduando em Engenharia Ferroviária, técnico em TI, produtor e editor multimídia, webmaster e webdesigner, pesquisador e historiador informal. No começo dos anos 2000 se aprofundou na área de mobilidade e transportes (e a preservação histórica inerente ao assunto, sobretudo envolvendo os transportes sobre trilhos), e a partir de contatos pessoais e virtuais participou de, e formou, grupos voltados para a disseminação do assunto, agregando informações através de pesquisas presenciais e em campo. Em 2014 fundou formalmente a AFTR - Associação Ferroviária Trilhos do Rio onde reuniu membros determinados a lutarem pela preservação e reativação de trechos ferroviários, além de todos os aspectos ligados às ações, como o resgate da memória e cultura regional, melhoria na mobilidade e consequentemente na qualidade de vida da população, etc Foi presidente e é o atual coordenador-geral da AFTR Não se considera melhor do que ninguém, procura estar sempre em constante evolução e aprendizado, e acumula experiências sendo sempre grato aos que o acompanha e apoia. "Informação e conhecimento: para se multiplicar, se divide"

One thought on “Um vestígio da original Estação Dom Pedro II (Central do Brasil)

  1. PARABÉNS por esta publicação, ainda temos na retaguarda da Vida pessoas que se preocupam com a Defesa e Preservação do Patrimônio Ferroviários Brasileiro. Se mais pessoas se juntassem a esta LUTA talvez que se Preservassem mais partes importantes desse Patrimônio; inclusive a Primeira estrada de Ferro do Brasil, A Estrada de Ferro Petrópolis, inaugurada a 3 de Abril de 1854 pelo Imperador Dom Pedro II, nas Margens do Fundo da Baía da Guanabara, na então Freguesia de Nossa Senhora Guia de Pacobaíba, território da então Vila da Estrela, mais tarde 5º Distrito de Magé. Falo da Estação de Guia de Pacobaíba, anteriormente MAUÁ.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

um × 4 =

Previous post Os 95 anos da Leopoldina, a Estação Barão de Mauá
Next post Casal tatua símbolo de Associação de Preservação Ferroviária
error: Este conteúdo não pode ser copiado assim. Caso use o arquivo, por favor cite a fonte.