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Com informações de Cristina Boeckel, do site G1*

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O processo de revitalização da Estação Barão de Mauá, mais conhecida como Estação Leopoldina entre os cariocas, está em andamento com foco na recuperação de sete exemplares ferroviários que permaneceram estacionados nas plataformas por aproximadamente duas décadas. O mais antigo desses trens remonta à década de 1940. Na terça-feira (2), o prefeito Eduardo Paes (PSD) deu início oficial às obras. A gare foi inaugurada em 1926.

Segundo Paulo Vidal, superintendente do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), os trens estavam anteriormente no Museu do Trem, localizado no Engenho de Dentro, na Zona Norte da cidade, e foram transferidos para a estação central durante a construção do Estádio Nilton Santos, em 2003. Vidal destacou que os trens foram transportados até lá por trilhos que já não existem mais.

Nota Trilhos do Rio: na realidade esse material rodante estava nas grandes oficinas que existiam no Engenho de Dentro, que foram desapropriadas para a construção do estádio Nilton Santos, popularmente conhecido por “Engenhão”. Essas locomotivas e vagões foram acoplados em um grande “comboio” pela engenheiro Hélio Suevo, com a intenção de salvar exemplares únicos, como o Série 100 (primeiro trem elétrico utilizado nos subúrbios) e a locomotiva ALCO FA-1, conhecida como Biriba, último exemplar existente no Brasil.

Os trens passarão por um processo de restauração simplificado, uma vez que não serão utilizados para circulação novamente. A previsão da prefeitura é reabrir o espaço à população no centenário da estação, daqui a dois anos, embora o uso exato do prédio histórico ainda não esteja definido. Uma das opções é transformá-lo em museu ou centro cultural.

O prédio foi tombado em 2008, quando foi incluído na Lista do Patrimônio Cultural Ferroviário, reconhecido por seu valor histórico, artístico e cultural significativo.

Paulo Vidal ressaltou ainda a importância do projeto de restauro, destacando que o tombamento do prédio ocorreu quando ele já estava em condições precárias, sublinhando o reconhecimento do valor do edifício e a necessidade de colaboração com instituições para viabilizar sua restauração.

Explorar a Estação Leopoldina é embarcar numa viagem pelo tempo, com placas que remontam à inauguração do local sob a presidência de Artur Bernardes, incluindo grafias que já não são mais usadas na língua portuguesa. O restauro será supervisionado pelo Iphan para garantir a preservação das características originais. O projeto da estação ficou na época a cargo do arquiteto Robert Prentice, conhecido por seu trabalho no Palácio da Cidade em Botafogo, inspirado na arquitetura palladiana inglesa para a fachada, que permanecerá coberta até a reabertura do local.

 

Texto escrito em 03 de julho de 2024 às 13h12
Última atualização em 03 de julho de 2024 às 16h31
Imagem de capa: locomotiva ALCO FA-1, foto de Daddo Moreira/Trilhos do Rio em 2022

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  • AF Trilhos do Rio

    A Associação Ferroviária Trilhos do Rio - AFTR é um grupo de amigos, profissionais, entusiastas e pesquisadores ferroviários que organiza, desde o ano de 2009, eventos, atividades e pesquisas, tanto documentais quanto em campo, sobre a história e patrimônio ferroviário do estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de resgatar, preservar e divulgar a história e memória dos transportes sobre trilhos fluminenses.

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