Com informações de Daddo Moreira, coordenador do DPP Trilhos do Rio, e André Torricelli, do Centro Cultural do Movimento Escoteiro*
Escotismo Ferroviário, o que é?
Segundo informações extraídas do blog 4º Distrito Escoteiro – Escoteiros do Brasil – RS, “o Escotismo Ferroviário surgiu no Brasil, nas décadas de 1920 e 1930. Previa-se a instalação de Grupos Escoteiros nas estações de trem, urbanas ou suburbanas. Alguns grupos foram abertos no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, nos ramais da Estrada de Ferro Central do Brasil e, ao que parece, tiveram vida curta, com exceção do RJ/GE Alcindo Guanabara (antes nomeado Grupo Light, por ser patrocinado pela empresa de energia elétrica do Rio de Janeiro). Esse GE existiu no período de 1926 (mais ou menos) até a década de 90.
Um dos seus expoentes era o Chefe Gabriel Skinner, Tapir de Prata, e de grande atuação no escotismo nacional nas décadas de 1930-40.”
O escotismo ferroviário é uma vertente do movimento escoteiro que se dedicava ao estudo e à prática das atividades relacionadas ao ferrovia, promovendo o conhecimento das operações e a importância das ferrovias na vida cotidiana. Durante a década de 1940, período de grande transformação e desenvolvimento no Brasil, esses jovens exploradores não só aprendiam sobre o funcionamento das locomotivas e trilhos, mas também participavam ativamente de atividades que visavam preservar e promover o transporte ferroviário.
Recentemente recebemos um contato que enriquece nossa compreensão sobre o Escotismo e sua relação com as ferrovias. André Torricelli, do Centro Cultural do Movimento Escoteiro (nossa mais recente parceria), nos enviou material sobre o assunto, com destaque para uma entrevista com um escoteiro, atuante na década de 1940, abordando a prática do escotismo ferroviário, confiram abaixo!
Este material não apenas ilumina uma faceta fascinante do escotismo, mas também ressalta a importância histórica e cultural do transporte ferroviário no Brasil. A entrevista revela detalhes de como os escoteiros daquela época se engajavam com o mundo ferroviário, e a relação das companhias ferroviárias com os grupos de escoteiros, algo praticamente inexistente nos dias de hoje.
Interessante mencionar que, quando o DPP Trilhos do Rio foi formalizado como Associação Ferroviária em 2014, uma das primeiras iniciativas mencionadas pelo nosso secretário-geral Carlos Assis, era a ocupação e aproveitamento de antigos mobiliários ferroviários, como estações, postos telegráficos e paradas ferroviárias, por grupos de escoteiros.

A parceria com o grupo de escotismo e a divulgação desse vídeo representa uma oportunidade valiosa para resgatar e preservar essa herança. Este projeto também reforça nosso compromisso com a pesquisa e a promoção da cultura, notadamente ferroviária, integrando o conhecimento histórico com nossas iniciativas atuais. Através dessa colaboração, esperamos fomentar uma maior conscientização e apreciação pelo legado ferroviário e a história do Escotismo, enquanto continuamos a desenvolver propostas e projetos que assegurem a preservação e a revitalização das ferrovias no nosso estado.
Acesse o site do Centro Cultural do Movimento Escoteiro, clicando aqui, ou na nossa página inicial, na seção “Parcerias”
Texto escrito em 10 de setembro de 2024 às 10h32
Última atualização em 10 de setembro de 2024 às 12h49
Imagem de capa: Fábio Neiva / LIS Brasil