Olá, Amigas e Amigos!
A proposta abaixo é um detalhamento de nosso texto publicado em 2021, onde apresentamos propostas visando revitalizar o Bonde de Santa Teresa e transformá-lo em um empreendimento lucrativo, que atenda à função para a qual deveria ter por aqueles que o salvaram da extinção.
O Bonde de Santa Teresa seria extinto na década de 60 e um grupo de moradores e intelectuais da época se mobilizaram para impedir sua extinção.
Infelizmente, o tempo e as sucessivas administrações públicas o transformaram no que é hoje, ainda um símbolo do bairro, mas em nada se parecendo com o que um dia já foi.
Essa é uma postagem para:
- Quem gosta de história. Para esses, boa viagem.
- Para quem gosta de trilhas. Para esses, bons passeios.
- Para empreendedores. Para esses, bons negócios.
Bem vindos a mais um artigo e projeto exclusivo Trilhos do Rio. Desejamos a todos uma excelente leitura!
PROJETO TRILHOS DO RIO 7 – O Bonde Carioca
Uma versão empresarial e viável do Bonde de Santa Teresa.
A AFTR tem alguns credos:
- Ter a visão além do alcance.
- Nos propormos a apresentar soluções tecnicamente perfeitas e economicamente viáveis.
Ambos estão presentes nessa proposta.
A proposta da AFTR como sempre é inovadora, pretendemos transformar o atual bonde de Santa Teresa no Bonde Carioca, de um desastre financeiro com pouco apelo aos turistas que vem de fora, e do próprio Carioca que muitas vezes desconhece onde fica a estação Carioca do bonde, em um empreendimento lucrativo, bem diferente do que é hoje, claro que mantendo seu traçado original, mas acrescentando novos que de novos em sua maioria nada tem, foram traçados que existiram no passado e que vão aumentar significativamente o uso do novo bonde que passara a ter diversas linhas e serviços, e passara a ser além de um Bonde Turístico, um bonde dedicado ao transporte urbano de passageiros, integrando-o a outros modais da cidade, eventualmente incluindo inclusive com novos serviços.
E mantendo, apesar da modernidade, seu aspecto visual tão prezado pelo carioca.
Abaixo, nossa postagem feita em 2021.
1ª PARTE: DEDICADA AOS AMANTES DE HISTÓRIA
A HISTÓRIA DO BONDE DE SANTA TERESA
A concessão das linhas de bondes entre a cidade e os morros de Santa Teresa e Paula Mattos foi obtida em 1872 por empresários que fundaram a Companhia Ferro-Carril de Santa Teresa, transporte que inicialmente era feito por tração animal.

O bonde funcionou muito bem, obrigado, até a década de 60, antes do desmonte do morro de Santo Antonio em frente ao Largo da Carioca, onde o bonde tinha sua parada no Tabuleiro da Baiana, prédio que foi derrubado e em seu lugar construído o Edifício Av. Central.




Sobre o desmonte do Morro de Santo Antonio, abaixo link para o acervo digital do Jornal O Globo com fotos históricas belíssimas. Reproduzimos aqui apenas uma.
https://acervo.oglobo.globo.com/incoming/morro-de-santo-antonio-av-chile-22212851


Abaixo fotos do antes e depois da remoção do morro de Santo Antonio, com os prédios posteriormente construídos à sua volta. Interessados nas fotos em tamanho maior acessem o link abaixo de onde elas foram retiradas.
Abaixo fotos históricas da Garagem do Bonde que existia no morro de Santo Antonio. Posteriormente, no governo de Chagas Freitas, o terminal foi transferido para um terreno cedido pela Petrobras e passou a ter o nome de Estação Carioca, onde está até hoje.



A partir da década de 60 começa a decadência do Bonde de Santa Teresa, justa e infelizmente quando o estado assume sua administração. A partir de então, foi uma decadência lenta e gradual.
No Governo Moreira Franco surge a possibilidade de um alento que acabou não se concretizando. Moreira Franco inicia um dos primeiros processos de concessão do Brasil ao realizar uma licitação para concessão do Bonde que foi ganha pelo então grupo Itaipava de postos de gasolina, que dentre os seus postos, o da Lagoa, chegou a ter dentro de suas instalações uma galeria de arte.

É preciso falar sobre esse evento, pois muito do que aconteceu naquela ocasião pode acontecer novamente, na ocasião um jovem morador de Santa Teresa que usou a situação para fazer carreira política, insuflou os moradores contra a concessão, o processo foi anulado e esse jovem hoje, já um senhor continua na política.
Foram usados na ocasião argumentos bem rasteiros e o mesmo não pode se repetir. Na ocasião, o pretenso futuro concessionário pretendia usar bondes modernos fechados e isso foi torpedeado pela população de Santa Teresa, insuflada por esse então jovem morador que se tornou político. Isso gerou o acidente de 2011, algo que deve ser lembrado para as futuras gerações.
Abaixo o link de uma matéria publicada em 2021:
A HISTÓRIA DOS BONDES
Conhecer a história dos bondes é simples, e ajuda muito ler as postagens sobre o tema aqui no site Trilhos do Rio. Abaixo mostramos as partes I e II de algumas nossas postagens sobre os bondes.
O Bonde no Brasil e no mundo II: a decadência no Rio de Janeiro
Mostramos que os bondes de Santa Teresa são os de segunda ou terceira geração, e já estamos com os VLTs do Rio na sétima, portanto estes bondes eram e são arcaicos, abertos, sem sistemas de segurança adequados. Mostramos inclusive relato de um cidadão que já na década de 80 alertava que em algum momento uma tragédia aconteceria e aconteceu.







Apesar de lúdico, um bonde aberto como o de Santa Teresa é algo bem temerário, é preciso um pouco de coragem de quem administra o setor para reconhecer isso e contrariar algumas pessoas que defendem o bonde aberto. Dificilmente algum empresário vai propor administrar esse serviço se entre as cláusulas existir a de manter o bonde aberto. Não se trata prioritariamente da evasão de receita, mas da segurança do usuário. A partir de um determinado momento, bondes do mundo inteiro passaram a ser fechados, mas aqui no Brasil o de Santa Teresa se manteve aberto. Por quê?
Quem defende isso deve ter achado nada incomum o turista francês que caiu dos Arcos da Lapa e a série de acidentes que ocorrem com os usuários dos bondes. Um dado estatístico confiável pode ser obtido pelo SAMU que atende a região ou pelos Bombeiros do Destacamento de Santa Teresa.
https://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2011/06/homem-morre-apos-cair-de-bondinho-na-lapa.html
Será que o estado, em eventual contrato de concessão, vai assumir a responsabilidade por qualquer ação civil de indenização por acidente por conta do veículo aberto?
Encerrando aqui nossa parte histórica, a página da Wikipedia tem mais informações sobre o bonde de Santa Teresa.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bonde_de_Santa_Teresa
Obrigado a todos que chegaram até aqui, e não deixem de ler a parte 2, imperdível!
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