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Morsing – Um dos Maiores Engenheiros Ferroviários da História do Brasil
Uma Pequena Biografia

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Carlos Alberto Morsing, sueco de nascimento e batizado como Carl Albert Morsing, foi um dos maiores engenheiros ferroviários da história do Brasil, mas infelizmente seu nome hoje pouco é lembrado. Abaixo apenas algumas das suas realizações e projetos:

  • Participou da construção da Ferrovia Madeira Mamoré;
  • Participou da construção da subida da Serra do Mar da Estrada de Ferro Dom Pedro II;
  • Foi o responsável pela consequente criação da Av. Niemeyer que originalmente foi construída para ser o leito de uma ferrovia ligando o Rio de Janeiro a Angra dos Reis que ele idealizou. Pesquisando bem ainda existem ainda hoje vestígios dessa obra, cujo nome é uma homenagem a Conrado Niemeyer, fundador do Clube de Engenharia, assim como Morsing;
  • Era dono de uma empresa de bondes ligando São Cristóvão ao centro da cidade, antes da Light comprar todas as empresas então existentes e monopolizar o sistema;
  • Foi o responsável pela expansão da primeira ferrovia do Ceará: a estrada de Ferro Baturité. Existia até pouco tempo atrás, dentro da estação terminal, um quadro com a sua imagem;
  • E pesquisou algo que seria a redenção para o sistema ferroviário da Região Sudeste, que facilitaria enormemente a ligação Rio x São Paulo, e que nós aqui do DPP Trilhos do Rio chamamos de Caminho de Morsing, uma ligação alternativa do Rio a São Paulo por um caminho praticamente reto e com declividade bem menor do que o caminho usado hoje que passa pela Serra das Araras, trecho da Serra do Mar. Isso no final do século XIX.

Debatia com Paulo de Frontin de igual para igual.

Lamentável que um engenheiro como ele hoje tenha sido condenado ao ostracismo.

A lembrança de seu nome se resume a:

  • Uma estação de trem e o homônimo bairro, no município de Mendes, aqui no estado do Rio de Janeiro;
  • Uma rua no Grajaú, bairro da capital do estado;
  • Uma empresa de cabos de aço em Belford Roxo.

Nem o próprio Consulado da Suécia tem maiores conhecimentos sobre esse cidadão ilustre.

Um dia escreveremos mais sobre ele, e um livro, completo e com informações inéditas, está sendo redigido pelo nosso coordenador do Departamento de Pesquisas e Projetos Trilhos do Rio.

Por enquanto fica aqui apenas o registro e homenagem.

Acessem abaixo nossos textos sobre o Caminho de Morsing.

Projetos AFTR 6 – Traçado alternativo RJ x SP (Variante de Morsing) (1)

Projetos AFTR 6 – Traçado alternativo RJ x SP (Variante de Morsing) (2)

Projetos AFTR 6 – Traçado Alternativo RJ x SP (Variante de Morsing) (Final)

 

Finalizando, Morsing foi uma pessoa discreta, com poucos registros conhecidos de sua pessoa e aparência. Nas postagens acima publicamos algumas fotos suas, mas até o momento conhece-se apenas quatro imagens na internet, em baixa qualidade. Contudo, na ausência de uma foto em melhor qualidade, geramos essa por IA, retratando um Morsing ainda jovem, por volta de seus 30 anos, na época em que trabalhava como engenheiro na construção da subida da serra da Estrada de Ferro Dom Pedro II, que veio a ser a nossa conhecida Estrada de Ferro Central do Brasil, uma das ferrovias mais importantes do país.

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Nosso tributo a esse genial engenheiro.

Guardem esse nome, poderá ser lembrado em um futuro trecho, de uma nova ferrovia, viável, ligando o Rio de Janeiro a São Paulo.

 

Imagem de capa: capa provisória utilizada como base no livro que está sendo redigido sobre Morsing, por Daddo Moreira.

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Agradecemos a leitura, até a próxima!

O conteúdo deste artigo pode refletir, ou não, a opinião da instituição, sendo de inteira responsabilidade de seu autor.

 

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Morsing: uma pequena biografia

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Autor

  • Mozart Fernando

    Engenheiro Mecânico formado pela Faculdade Souza Marques em 1992, foi secretário-geral da AFTR no mandato 2017-2020 e atualmente ocupa o cargo de diretor-técnico da instituição. Iniciou sua carreira profissional em 1978 trabalhando com um engenheiro que foi estagiário da RFFSA entre 1965 e 1966. Esse Engenheiro durante esse período trabalhando no setor de cremalheiras acompanhou o desmonte da E.F. Cantagalo e conhecia diversas histórias envolvendo o desmonte da Ferrovia de Petrópolis realizado pela mesma equipe. Histórias que muitos preferem esquecer. Parte dessa convivência extremamente valiosa está transcrita nos textos publicados pela AFTR. Não se considera um “especialista” em ferrovias, outra palavra que hoje no Brasil mais desmerece do que acrescenta. Se considera um “Homem de Negócios” e entende que o setor ferroviário só terá chance de se alavancar quando os responsáveis por ele também forem homens de negócios. Diferente de rodovias, as ferrovias são negócios. E usar para ferrovias os mesmos parâmetros balizares de construção e projeto usados em rodovias redundará em fracasso. Mozart Rosa é alguém que mais que projetos, quer apresentar Planos de Negócios para o setor.

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