Por

Mozart Rosa

Tempo de leitura: 18 minutos

Olá Amigos e Amigas.

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Hoje concluímos a série de artigos sobre Carlos Alberto Morsing, um grandioso engenheiro mas pouco conhecido e divulgado, assim como o seu trabalho, em inúmeras frentes. Ficamos bastante satisfeitos em prestar essa homenagem a essa figura histórica do país, trazendo à tona suas realizações e intenções, atualizando-as conforme o caso. E hoje vocês verão e conhecerão algumas propostas, baseadas nas ideias e ideais de Morsing, adotadas, elaboradas e adaptadas pela equipe da AFTR.

Sejam bem vindos(as) e desejamos uma excelente leitura!  

ÍNDICE

  1. INTRODUÇÃO
  2. ESTRADA DE FERRO TAUBATÉ x UBATUBA
  3. O AGRONEGÓCIO E SUA IMPORTÂNCIA PARA O BRASIL
  4. POTENCIALIDADES DO TRAÇADO ALTERNATIVO
  5. O USO MILITAR DO TRECHO
  6. A CÂMARA DE COMPENSAÇÃO
  7. UM ESCLARECIMENTO IMPORTANTE
  8. INTEGRAÇÃO, INTERLIGAÇÃO
  9. CONCLUSÃO
  10. CONSIDERAÇÕES FINAIS
  11. PARA FINALIZAR, UMA HOMENAGEM

INTRODUÇÃO

Finalizaremos hoje esta série falando sobre o Trecho 3.B da proposta do traçado alternativo entre Rio de Janeiro e São Paulo, idealizado por Morsing e atualizado pela AFTR. Entretanto, cabe dizer, essa não é uma proposta exclusiva da AFTR, mas de fato é promissor e animador pensar em trajetos como Pindamonhangaba x São Paulo, passando por todas as cidades do Vale do Paraíba, como Taubaté, Caçapava, São José dos Campos, e chegando em bitola métrica quem sabe até a Estação Júlio Prestes.

Fonte: Mobilize.org

Já existem, inclusive, projetos em São Paulo incentivados pelo Governo Paulista, e por algumas empresas, visando ligações ferroviárias entre cidades do Vale do Paraíba e São Paulo – Capital. Nada impede que essas propostas, já existentes, sejam agregadas à nossa, fazendo o tão sonhado transporte de passageiros entre as cidades do Vale do Paraíba e a cidade de São Paulo. Ou ainda o transporte de passageiros e cargas gerais entre:

  • São Paulo x Campos do Jordão
  • São Paulo São Jose dos Campos
  • São Paulo São Lourenço
  • São Paulo Tiradentes
  • São Paulo x Aparecida
  • São Paulo x Rio de Janeiro em 4h30!

Os veículos da Bom Sinal e da Marcopolo estão aí para isso. E nossa proposta de fazer a ligação ferroviária Rio x São Paulo em 4h30 nada tem de fantasiosa. Os antigos trens húngaros, usando o traçado tradicional construído no século XIX e passando pela Serra das Araras, faziam essa viagem em aproximadamente 7 horas. Nosso traçado, bem mais retilíneo, tem chance de fazer, com Trens Leves da Bom Sinal ou da Marcopolo, um serviço expresso em 4h30. E, obviamente, também utilizando composições para transporte de carga geral.

Projetos internacionais de sistemas leves para transporte de cargas gerais
Fonte: Semantic Scholar

Esses baixos tempos de viagem também servem de parâmetro e incentivo para criação de linhas regulares ligando cidades do interior de Minas Gerais, atendidas por nossas propostas, às cidades do Vale do Paraíba e São Paulo Capital.

Instalação de cabos de telecomunicação na faixa de domínio ferroviária
Fone: Leonhard Weiss

Propomos que seja reservado um espaço dentro da faixa de domínio para implantação de uma infovia com cabos óticos ligando o Rio de Janeiro a São Paulo e às cidades do trecho, além de uma sequência de antenas de celulares ao longo da linha para aumento da cobertura e qualidade na telefonia móvel da região. Uma das subsidiárias do Grupo CCR atua nesse segmento, mas nossa proposta pode criar um concorrente ou mesmo consolidar a CCR nesse mercado. Também incluímos nessa proposta a instalação de linhas de gasodutos paralelas a faixa de domino, o que facilitaria ao dono dessas linhas de gasodutos, fiscalização e manutenção.


ESTRADA DE FERRO TAUBATÉ x UBATUBA

Apesar dos esforços feitos por vários governantes nos últimos anos com o objetivo de destruir o Brasil, até mesmo vendendo partes de seu território, estamos fadados ao sucesso.  

 

Só não sabemos quando esse sucesso chegará

 

A implantação desse traçado alternativo abre imensas oportunidades de negócios a diversos grupos empresariais nacionais e estrangeiros, e assim acreditamos que, com os investimentos atualmente em curso feitos por empresas como MRS, VLI, e Rumo no porto de Santos, o mesmo deve aumentar sua capacidade em volumes expressivos. Nosso traçado alternativo coloca no jogo das exportações/importações diversos municípios e diversas cargas que até o momento se utilizam de caminhões. Sendo assim nada mais justo que pensar em um porto que atenda essa quantidade substancial de localidades, inclusive pela distância, abrindo novas rotas de exportação. Pensando nisso resolvemos resgatar um projeto que foi iniciado, mas encerrado antes de ser concluído, ainda existindo resquícios dessa tentativa: a ligação ferroviária Taubaté x Ubatuba, no estado de São Paulo.

Ruínas de uma ponte inacabada da ferrovia Taubaté x Ubatuba
Fonte: Curiosidades de Ubatuba

Para maiores informações visite o link abaixo: https://www.curiosidadesdeubatuba.com.br/ferrovia/

Esta seria mais uma opção interessante para escoar cargas de Minas Gerais e de estados do Centro-Oeste, atendidas pelo traçado alternativo proposto pela AFTR, além de atender cidades do Vale do Paraíba, no estado de São Paulo.

A AFTR não tem conhecimento profundo sobre a atual situação do local, mas recebemos essa informação a partir de conversas com antigos moradores de Taubaté, complementando essas informações com pesquisas.

Estrutura abandonada da ferrovia inacabada
Fonte: Curiosidades de Ubatuba

Desconhecemos também a atual legislação ambiental para o local, que possibilitariam ou não a implantação de tal projeto. Entretanto sabemos que a proliferação de interesses ocultos no comando de órgãos ambientais tem prejudicado muitos projetos de infraestrutura, mesmo quando ainda havia opções de se fazer algo sem agredir o meio-ambiente. Vide o encerramento das atividades do Porto de Angra dos Reis.

Porto de Angra dos Reis, em data não identificada
Acervo Trem de Dados, imagem colorizada digitalmente

Entendemos que uma possível implantação dessa proposta gerará enorme ganho para toda a região, além de dividir cargas com o Porto de Santos-SP. Além disso abre a possibilidade de entrada de mais uma concessionaria no sistema, operando a ferrovia e o porto.

Mapa Geral das Viações Férreas do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais (1896), mostrando o projeto da ferrovia entre Taubaté e Ubatuba
Fonte: Biblioteca Nacional, autoria de Gustav von Koenigswald

 


O AGRONEGÓCIO E SUA IMPORTÂNCIA PARA O BRASIL

A cada ano que passa aumenta a importância do agronegócio para a economia Brasileira, com o aumento da participação do país no agronegócio mundial. O Brasil, aliás, foi um dos únicos países do mundo a manter um crescimento econômico pós-pandemia, graças a força de seu setor agrícola.

Trem com 120 vagões transportando soja
Fonte: Portos e Navios

A construção do traçado alternativo pode significar novas formas de escoamento da produção agrícola, com a utilização dos portos de Itaguaí, a possível reativação plena do porto de Niteroi, e a utilização de um eventual porto construído em Ubatuba como previsto no início do século XX.


POTENCIALIDADES DO TRAÇADO ALTERNATIVO

A proposta de um traçado alternativo que a AFTR apresenta, em síntese, é a construção de uma nova linha-tronco, em bitola métrica, ligando o Rio de Janeiro a São Paulo e às quatro ferrovias mencionadas abaixo, sendo duas no estado de São Paulo e duas no estado de Minas Gerais:

  • EFOM – Estrada de Ferro Oeste de Minas
  • E.F. Muzambinho / E.F. Minas x Rio
  • E.F. Campos do Jordão
  • Estrada de Ferro Taubaté x Ubatuba.

Essas ferrovias passam a ser ramais e se ligam a essa nova linha-tronco. Obviamente existe toda uma possibilidade de construção de sub-ramais, atendendo pequenas cidades, principalmente no interior de Minas Gerais.

Trem de Calcário da CSN, com tração tripa de EMQ-MX620, é um trem típico da linha entre Arcos-MG e Volta Redonda-RJ, trens como esse poderiam trafegar sem problemas até Lídice e lá serem fracionados.
Legenda e foto do site “O Parah Diário”

A AFTR defende a entrada de novas empresas no setor, e vê a possibilidade nessa proposta de que pelo menos 8 grupos empresariais participem do empreendimento, nas concessões e subconcessões. Várias frentes de obras poderão ser tocadas ao mesmo tempo, e há a possibilidade de participação de vários interessados nos ramais, outros em partes da linha-tronco, outros em toda a linha-tronco, e eventualmente interessados até mesmo em sub-ramais, tendo propostas para empresas de todos os tamanhos.

Pequenos trechos abandonados dentro do estado de Minas Gerais, que em princípio não vão despertar interesse de grandes empresas, podem ser licitados para uso por pequenas empresas como propomos na postagem abaixo. São trechos que, com o tempo, podem crescer em volumes de carga e interessar empresas maiores:

Reaproveitando ferrovias abandonadas

Grupos como:

  • Mercado livre
  • Rumo
  • Grupo Guanabara
  • 1001
  • Camargo Correia
  • Votorantim

Esses grupos empresariais, apenas para citar alguns, podem ter enorme interesse, tal as potencialidades que se abrem com essa proposta. E obviamente com a possibilidade também de participação de grupos estrangeiros.

Trem transportando cimento da BNSF, em Iowa, Estados Unidos
Fonte: Youtube A.Train

Incluímos na lista de grupos possivelmente interessados o Mercado Livre pela força que adquiriu como empresa de logística, e seu interesse na aquisição dos Correios. Caso isso se concretize transforma o Mercado Livre em uma das maiores empresas de logística do Brasil, que dificilmente deixaria de passar uma oportunidade como essa, que reduziria seus custos, além de abrir um leque de oportunidades.

O CTE – Centro de Tratamento de Encomendas dos Correios, que concentra a recepção de encomendas em cada estado e que no Estado do Rio de Janeiro está localizado no bairro de Manguinhos, em frente à linha do trem, pode vir a ter um ramal ferroviário. Para reativar a linha de bitola métrica fazendo-a chegar a estação Barão de Mauá (Leopoldina) será preciso a construção de um viaduto. Por conta de obras realizadas pelo Governador Sergio Cabral esse viaduto foi projetado e nunca construído.

Projeção de linhas ferroviárias atendendo o Centro de Tratamento de Encomendas dos Correios, em Manguinhos
Arte sobre imagens de satélite do Google Earth

O que impede a construção de um desvio próximo a esse viaduto, fazendo a linha chegar dentro do CTE?

Centro de Tratamento de Encomendas dos Correios, em Manguinhos
Fonte: Google Street View
Viaduto ferroviário em Manguinhos
Fonte: Google Street View

 


 O USO MILITAR DO TRECHO

O traçado de Morsing passa pelos fundos do Depósito Central de Munição do Exército, em área é a segunda maior unidade do Exército Brasileiro no estado do Rio de Janeiro. A AFTR já demonstrou sua preocupação pela ausência de um trabalho planejado na construção de ferrovias e seu uso logístico pelas Forças Armadas.

Fonte: KTLA

Quem leu atentamente até aqui a proposta do traçado de Morsing percebeu que a quantidade de cidades atendidas por ele, com o reaproveitamento de ferrovias centenárias que passarão a ser interligadas, é bem significativo. Cidades que em sua maioria fazem parte da área de abrangência do Comando Militar do Leste. São cidades também que podem ser alcançadas, com facilidade, por tropas para ações sociais ou para qualquer tipo de necessidade.

 

Não somos militares, somos homens de logística mostrando apenas as possibilidades

 

Abaixo vídeo sobre transporte de tropas que faz parte de nosso projeto da ferrovia Centro Sul Fluminense.

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A CÂMARA DE COMPENSAÇÃO

A AFTR desenvolveu um projeto chamado Câmara de Compensação para viabilizar, por meio de um arranjo entre as próprias operadoras e sem a ingerência do governo, um sistema que permite o uso das linhas por várias operadoras, remunerando a concessionária da linha usada. Isso regulariza o chamado direito de passagem, mas é administrado pelo próprio setor.

Esta proposta usaria o conceito e a tecnologia da RioCard, empresa que administra o Vale Transporte no Rio de Janeiro.

 

A AFTR não inventa nada, mas adota exemplos bem-sucedidos e os adapta

 

Isso viabiliza uma enorme quantidade de concessionarias operando e circulando harmoniosamente nos diversos trechos propostos pela AFTR.


UM ESCLARECIMENTO IMPORTANTE

A AFTR propõe soluções e, em alguns casos, tenta antever problemas, e propondo soluções para esses futuros problemas. Por conta de custos de aquisição de veículos, custos de implantação do sistema, assimilação de tecnologia e outros fatores, a AFTR recomenda iniciar a operação de passageiros nesses novos trechos com Trens Leves, algo que acreditamos perdurará por pelo menos 10 anos.

Um exemplo de Trem Leve, conhecido como VLT ou Bonde no Brasil
Fonte: Curbed LA

Nossa proposta para mudança nos tipos de veículos é gradual. Poderá levar anos para sairmos do Trem Leve para uma segunda fase, que seria o Trem Pendular a diesel ou elétrico, mas quem decidirá isso devem ser os donos das concessionárias de transporte de passageiros, a partir das cobranças dos usuários, da capitalização das empresas, e eventual aumento de demanda, e não os políticos que queiram decidir a vida das pessoas e das empresas de dentro de seus gabinetes.

Alfa Pendular Lisboa
Fonte: Rail.cc / Raildude.com

Particularmente acreditamos, ainda que seja difícil, que pendulares elétricos só venham a ser implantados na linha tronco Rio de Janeiro x São Paulo e nas linhas ligando o Vale do Paraíba a São Paulo – Capital. Fora desses trechos é extremamente improvável, se limitando aos pendulares a diesel ou aos Trens Leves. E só o fato de conseguirmos implantar linhas regulares com Trens Leves já será uma vitória a ser comemorada, como o exemplo abaixo, ilustrativo.

Fonte: Transportnws

Quando se fala em transporte ferroviário de passageiros estagnamos na década de 1960, e não será com a vaidade e o poder da caneta de alguns políticos que sairemos desse atoleiro. Além disso, sem a presença do empresariado muito provavelmente nada vai acontecer.


INTEGRAÇÃO, INTERLIGAÇÃO

O objetivo dessa proposta, bem como de outras feitas pela AFTR, é construir no Brasil uma Rede Brasileira de Estradas de Ferro interligada, proposta de Cristiano Ottoni, mas infelizmente é algo que nunca existiu, apesar do nome Rede ter sido usado em nossa mais mastodôntica e ineficiente estatal.

 

Precisamos reconhecer os erros do passado, precisamos integrar e interligar nossas ferrovias!

 

Ao construir esse traçado alternativo, bem como os outros propostos pela AFTR, se interligam diversas ferrovias, inicialmente ligando o mercado Mineiro ao Carioca e ao Paulista, além de poder chegar a diversas cidades do interior do Brasil, inclusive na região Centro-Oeste, com enormes ganhos para todas as localidades servidas por elas.

Ponte ferroviária Barão do Rio Branco, em Mato Grosso
Acervo Trem de Dados

Além disso ainda pode-se integrar essa linha às linhas de bitola métrica oriundas do interior Paulista e às linhas de bitola métrica vindas do Sul do Brasil.

 

Essa interligação inédita precisa ser pensada, e é com esse objetivo que a AFTR faz suas propostas

 

Em todas as propostas da AFTR, e essa não é exceção, o objetivo final sempre é o lucro, não apenas financeiro mas o de retorno social. E a ferrovia também pode ser usada pelos entes públicos para o deslocamento dos veículos de serviço, diversas vezes aqui apresentados. Em todas as nossas propostas, e essa é mais uma delas, consideramos o uso da ferrovia para transporte de lixo para queima em usinas de geração de energia elétrica, sendo também mais uma fonte de recursos para a ferrovia, e mais um fator de desenvolvimento por onde essas novas ferrovias passarão. E, ainda, citamos as Subconcessões viabilizando o transporte de passageiros.

Trem de transporte de conteineres de lixo acessando a via ao lado de um Trem Leve de passageiros
Fonte: The Railway Hub

O detalhamento disso tudo estará à disposição dos interessados.

O Brasil, em determinado momento e por conta desse mito da superioridade da bitola de 1600 mm, gastou desnecessariamente preciosos recursos alargando diversas linhas. Laudo Natel, ex-governador de São Paulo, foi um político que patrocinou isso: essas ferrovias alargadas poderiam até hoje prestar um bom serviço com a bitola métrica mas, por conta de um ardiloso processo de desinformação, foram alargadas.

As chamadas FakeNews não são novidade. Restauremos a bitola métrica à sua grandeza!

Abaixo um fragmento de texto escrito entre 1907 e 1910 por Paulo de Frontin, então diretor da EFCB, alertando para os problemas das bitolas.


CONCLUSÃO

É tudo muito bonito, é tudo muito bacana, acreditamos e esperamos que muitos gostem desse artigo, mas nada, absolutamente nada do proposto aqui acontecerá se nossa legislação não mudar. O setor ferroviário Brasileiro deve ter em algum lugar enterrado um despacho poderoso, uma cabeça de burro ou coisa do gênero com o objetivo de destruí-lo, uma urucubaca difícil de desfazer, pois tudo, absolutamente tudo, vem dando errado ao longo dos anos: os equívocos cometidos pela RFFSA, os “aluados”, as legislações, os monopólios, os “especialistas”, a Guerra das Bitolas, tudo facilita o fracasso.

A AFTR, dentro de suas limitações, apresentou propostas para ajudar a mudar essa situação, e a Lei dos Pontos foi uma delas, confiram abaixo:

A Lei dos Pontos: uma proposta exclusiva da AFTR (parte 1)

A Lei dos Pontos: uma proposta exclusiva da AFTR (parte 2)

Fizemos também uma postagem sobre a ITA – Itapemirim Transportes Aéreos, onde questionamos os motivos de empresas como a Itapemirim não investirem em ferrovias e comentamos sobre a legislação, além de apresentarmos os “aluados”:

A legislação, os transportes, os aluados e a ITA – Itapemirim Transportes Aéreos

A AFTR tem apresentado propostas e identificado problemas, mas sem decisões legislativas, apoiadas pelo executivo, o setor continuará parado e nosso trabalho terá sido em vão.


CONSIDERAÇÕES FINAIS

A AFTR sempre defende e defenderá o “Estilo Leopoldina de Ser”, e a construção de usinas de queima de lixo para geração de energia elétrica como forma de reativar e reconstruir ferrovias, trazendo também a recuperação da economia por onde as ferrovias passarão. Mas acontece que essa proposta do traçado alternativo, em seu conjunto, possibilita uma quantidade de arranjos comerciais com tantas alternativas, que passaremos ao largo nessa postagem de apresentá-los e falar das potencialidades das localidades com que esses novos trilhos passarão.

 

Precisaríamos de um artigo só para isso

 


PARA FINALIZAR, UMA HOMENAGEM

Declaração de amor a Minas Gerais:

“A resposta dimana (origina-se, forma-se, resulta, surge, nasce) logicamente das considerações políticas e comerciais que ficam expostas. Em primeiro lugar ocorre que a província de Minas Gerais não possui uma légua de trilhos de ferro; e que ela não merece menos, com ser Provincia interior, do que a Bahia S. Paulo e Pernambuco. Minas a sexta parte do império em população e representação. Minas que paga certamente a terça parte da renda arrecadada na Alfandega da Corte. Minas cuja estatística judiciaria é uma das que indicam maior moralidade. Minas crescendo em população homogênea devida aos nascimentos e não a imigração estrangeira. Minas possuindo todos os climas, a maior salubridade, inaccessível a febre amarela. Minas a Provincia em que mais domina o espírito público, a sinceridade das crenças políticas e religiosas. Minas finalmente, cujos filhos tanto se distinguem pelo amor ao trabalho, e espírito empreendedor, para uma tal população, atrasada e acanhada pelo seu isolamento no interior, nem está ainda decretada uma estrada de ferro, pois a estrada de Ferro de D. Pedro II, apenas toca a sua raia. Assim deve desejar-se que esta estrada lance um ou mais braços penetrando para o interior. E combinando este pensamento com a consideração dos vales, dos grandes rios, já quase ficam indicadas algumas direcções.”

Fragmento de texto do livro O Futuro das Estradas de Ferro do Brasil, de Cristiano Ottoni.

 

É com esse objetivo, de se fazer cumprir o desejo de Cristiano Ottoni, formulado em 1858, ele que amava Minas Gerais, e nós também, que a AFTR faz a sua proposta.

 

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Agradecemos a leitura, até a próxima!

A opinião constante neste artigo é de inteira responsabilidade do autor, não sendo, necessariamente ou totalmente, a posição e opinião da instituição.

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Autor

  • Eduardo ('Dado')

    Formado em Arquivologia, pós-graduando em Engenharia Ferroviária, técnico em TI, produtor e editor multimídia, webmaster e webdesigner, pesquisador e historiador informal. No começo dos anos 2000 se aprofundou na área de mobilidade e transportes (e a preservação histórica inerente ao assunto, sobretudo envolvendo os transportes sobre trilhos), e a partir de contatos pessoais e virtuais participou de, e formou, grupos voltados para a disseminação do assunto, agregando informações através de pesquisas presenciais e em campo. Em 2014 fundou formalmente a AFTR - Associação Ferroviária Trilhos do Rio onde reuniu membros determinados a lutarem pela preservação e reativação de trechos ferroviários, além de todos os aspectos ligados às ações, como o resgate da memória e cultura regional, melhoria na mobilidade e consequentemente na qualidade de vida da população, etc Foi presidente e é o atual coordenador-geral da AFTR Não se considera melhor do que ninguém, procura estar sempre em constante evolução e aprendizado, e acumula experiências sendo sempre grato aos que o acompanha e apoia. "Informação e conhecimento: para se multiplicar, se divide"

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