Tempo de leitura: 17 minutos

Por Mozart Rosa

Na primeira parte desta extensa, completa e viável proposta, apresentamos uma alternativa ao atual projeto da EF-118, e cumprindo a mesma intenção do projeto de forma mais satisfatória e abrangente. Neste artigo damos continuidade, começando com um pouco de história e geografia, falando sobre a Estrada de Ferro Santo Antônio de Pádua.

Continua após a publicidade

Se você não leu a primeira parte deste artigo, clique aqui e leia já! Seja muito bem vindo(a), vamos nessa!


EXPLICAÇÃO HISTÓRICA E GEOGRÁFICA

A extinta EF Santo Antonio de Pádua era uma ferrovia que ligava Campos a Miracema, posteriormente incorporada pela E.F. Leopoldina. Continua lá mas está desativada, precisando apenas ser retificada e reformada. Três Irmãos, estação ferroviária dessa linha, fica em frente à antiga e extinta estação ferroviária de Portela, última parada da E.F. Cantagalo, separadas apenas pelo rio Paraíba do Sul. Uma ponte para unir as duas ferrovias foi projetada e prevista para ser construída ainda no início do século XX, o que nunca aconteceu.

Pouco mais de 500 metros separam as duas estações, que através de uma ponte sobre o Rio Paraíba do Sul, poderão se conectar e permitir o tráfego de trens entre as duas ferrovias.
Fonte: Google Earth/Traçado das ferrovias AFTR

A rodovia RJ-158 foi construída com a maior parte de seu traçado paralelo a essa linha férrea de Campos a Miracema.

Por outro lado temos alguns trechos como a ligação:

  • Campos x Porto de Açu;
  • Conselheiro Paulino x Além Paraíba.

Esses sim precisariam ser construídos/reconstruídos a partir de um novo projeto, por originariamente terem um traçado inadequado às condições atuais, ou por não passarem nos locais necessários. Sendo assim, em tese, o custo de desapropriações de terra seria bem baixo.

Traçado, atualmente extinto, da EF Cantagalo e seus ramais
Fonte: Marcio Cardoso e Eduardo (‘Dado’) a partir de imagens do Google Earth

Na década de 1980 quando Leonel Brizola, então Governador do Estado do Rio de Janeiro, asfaltou a rodovia RJ-148, o corpo técnico de uma das fabricas de cimento existente em Cantagalo propôs construir uma linha férrea em paralelo a rodovia, para fazer essa ligação com Além Paraíba, considerando o traçado original do início de século ser muito sinuoso. A proposta foi ignorada na ocasião pelo então Governador.

Estação Bella Joana, ramal de Sumidouro da EF Cantagalo.
Foto do acervo de Jorge Plácido, publicada no Facebook por Márcio Rodrigues.
Trabalho de restauração fotográfica: Amarildo Mayrink.
Desenho com parte do trecho original da ferrovia, inadequado para os dias atuais, e a RJ-148
Fonte: Marcio Cardoso, Pró-memória Sumidouro, baseado em imagens do Google Earth

Um viaduto transpondo a BR-101, essencial para a ligação da ferrovia vinda do Porto do Açu para o trecho original da Linha do Litoral da EF Leopoldina, pode ser um exemplo de aplicação da Lei dos pontos, outro projeto da AFTR. Esse é outro aspecto do nosso trabalho: desenvolvemos uma proposta de legislação que desbloqueia o setor, dando a ele mais dinamismo, independência e maior capacidade de investimento, sem as amarras atuais.

PN da Linha do Litoral da EF Leopoldina cruzando a BR-101 em Campos dos Goytacazes.
Fonte: Google Street View

Mas algumas perguntas ainda pairam, para quem leu o artigo anterior a este:

  • Qual a vantagem desse traçado alternativo?
  • Qual o motivo de se implantar a Bitola Mista?

Vamos respondendo estas questões no decorrer do artigo.


GANHOS DA MRS LOGÍSTICA

Como já descrito anteriormente, o objetivo original da EF-118 é ligar a malha da MRS logística ao Porto de Açu, descartando uma eventual ligação em bitola métrica. Eis aqui mais um caso latente, mas certamente inconsciente, da Guerra das bitolas ainda em curso.

Acontece que a malha da MRS Logística existente, a ser conectada ao porto do Açu, é a que sobe a Serra das Araras para acessar São Paulo e Minas Gerais, trecho construído a partir de 1863 com diversos tuneis, onde a MRS Logística, pela declividade da linha, tem um considerável custo de combustível ao subir a serra, e outro considerável custo com material frenante para descer essa mesma serra Além disso os tuneis existentes impedem o transporte de contêiner na conformação Double Stack.

Trem da Brado Logística, transportando contêineres na conformação Double Stack (Dois Andares, em tradução literal)
Fonte: A Gazeta

E o objetivo da EF-118 é esse: se ligar à linha da MRS Logística para subir a serra.

Observem atentamente a foto acima e percebam a altura escavada para baixo pela EFCB quando substituiu suas locomotivas a vapor por locomotivas a diesel bem maiores. Isso foi necessário pois as rochas que compõe o maciço da serra das Araras são chamadas de rochas fraturadas, muito velhas e que não suportariam uma escavação para cima (desculpem eventuais erros na explicação, somos engenheiros e não geólogos). Essa escavação para cima, para uso do sistema Double Stack, pode causar desmoronamentos que farão as linhas serem interditadas por vários dias.

Entendemos que escavar para cima, para a passagem de composições na configuração Double Stack, é bem mais complexo e bem diferente do que foi feito no início do século passado, quando os tuneis foram ampliados para o lado para duplicação das linhas.

Túnel 6 na Serra do Mar com o registro dos anos de inauguração e duplicação: 1863 e 1914
Foto: Eduardo (‘Dado’) em 2018

Ao optar pela solução apresentada pela AFTR, a MRS Logística teria essa conexão à sua rede, em outro ponto, mas com diminuição brutal em seus custos de combustíveis e de material frenante, e com uma distância 143 km menor para chegar ao estado de Minas Gerais.

Imagem ilustrativa dos traçados da EF-118 e da alternativa AFTR, a Ferrovia da Serra do Mar
Fonte: Creative Edições / Eduardo (‘Dado’) baseado em imagens do Google Earth

E sendo um trajeto sem tuneis, poderá chegar em São Paulo além de Minas Gerais, carregando sem problemas os contêineres na configuração Double Stack, algo hoje IMPOSSÍVEL. Açu pode ser base de exportação/importação de contêineres transportados pela MRS Logística.

· • Seus acionistas agradecem a redução de custos e a maior lucratividade • ·

Ao apoiar nossa proposta a MRS Logística, tem um ganho enorme no tempo de acesso de suas composições ao estado de Minas Gerais, olhem no mapa, e vejam o zig-zag, que suas composições podem vir a fazer, indo de Campos ao Rio de Janeiro, subindo a serra e voltando para Minas Gerais, a MRS Logística pode eventualmente transferir para o Porto do Açu boa parte de sua carga de graneis, por conta dessa considerável redução no tempo de transporte de suas cargas oriundas de Minas Gerais.

Fábrica de cimento da Votorantim em Euclidelândia, distrito de Cantagalo
Fonte: A Voz da Serra

O cimento CP III, fabricado com escoria de alto forno em Cantagalo, escória que é transportada hoje por caminhões, pode passar a ser fornecida por trens da MRS Logística. Esse fornecimento será feito de forma mais rápida, e ainda através dessa mesma linha pode-se transportar cimento pronto para cidades de Minas Gerais e de São Paulo, algo inviável hoje tem dia. Além disso a bitola mista possibilitará o transporte de cimento pela linha em bitola métrica para o interior de Minas Gerais. Mas essa é uma outra proposta da AFTR.

Esse trajeto viabiliza outra coisa inédita no Brasil: vagões-prancha com centrais de concreto, de elevada capacidade montadas em cima deles. Saindo das fabricas de cimento para as localidades atendidas pelas ferrovias. É possível nesses vagões montar equipamentos com capacidade para 20 m³ de concreto, bem mais que os 8 m³ dos caminhões.

Fonte: Mozart Rosa

Além, é claro, de fornecimento de dormentes de concreto para ampliação das próprias ferrovias.

Além disso abre-se a chance de se conseguir uma quantidade de arranjos comerciais bem maior do que os possíveis de existirem com o traçado apresentado pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro.


MAIS VANTAGENS DO TRAÇADO ALTERNATIVO

Embora venha a atingir alturas bem mais elevadas, isso é compensado pelas declividades bem mais suaves. Essas altitudes mais elevadas, que em nada prejudicam as composições tendo em vista as menores declividades que as existentes na Serra das Araras, torna-se um diferencial positivo. Ao optar pelo nosso traçado as composições passarão por locais com temperaturas médias de 20°C e em algumas épocas do ano, 15°C. No traçado apresentado pelo governo, além de mais longo, as composições trafegarão em locais com temperaturas médias próximas e acima de 25°C. O ar mais frio ao entrar nos radiadores melhora o rendimento e a vida útil das composições.

As locomotivas se pudessem falar agradeceriam muito aquele ar geladinho entrando nos radiadores e diminuindo a temperatura dos blocos. 😄


GANHOS DA VLI LOGÍSTICA OU DE OUTRA CONCESSIONÁRIA

Ao construir essas linhas em bitola mista, interligando Além Paraíba e essa linha nova a eventuais linhas da VLI, em bitola métrica, ou de outra concessionaria que eventualmente seja constituída, é possível a reconstrução de diversas linhas em bitola métrica que atendam ao estado de Minas Gerais e que hoje estão abandonadas, ou mesmo viabilizar a construção de novas linhas, ou reconstruir linhas extintas. Além disso possibilitará o acesso a um porto moderno, para exportações de diversos produtos de Minas Gerais. E além disso tudo, ainda tem as vantagens comerciais, oriundas da ligação com as empresas cimenteiras de Cantagalo e outras citadas acima.

Esses estudos, e projetos, de reconstrução de diversas linhas em bitola métrica dentro do estado de Minas Gerais ligando-se a esse traçado, feitos pela equipe técnica da AFTR, estão à disposição de interessados.

Já dissemos diversas vezes aqui: parece que alguns engenheiros esquecem que temos um vizinho do tamanho da França.

· • E mais: abre-se uma opção de acesso para as cargas da região Centro-Oeste Brasileira • ·


E A EF-118, COMO FICA?

É importante que seja reconstruída, mas em bitola métrica conectando-se a linha para Vitória-ES que será reconstruída, voltando a ser o que sempre foi: a linha de ligação ferroviária Rio x Vitória, mas com um novo traçado, passando dentro de reservas ecológicas onde ela passou durante 100 anos, e nunca prejudicou nenhum ecossistema. Em caso de necessidade os veículos ferroviários de bombeiro desenvolvidos pela AFTR podem ter acesso e ser de vital importância na solução de muitos problemas.

Desde que existam empresários interessados em construí-la, e não o governo como muitos por razões misteriosas querem.

Além disso essas propostas viabilizam uma linha férrea que adote o “Estilo Leopoldina de Ser”, como já apresentado diversas vezes em nossos textos. Uma ou várias Short-Line interligadas, transportando de tudo e inclusive por Subconcessões, passageiros. Uma importante linha escoando a produção das capitais de estados vizinhos, e das cidades por onde a ferrovia passará e tudo em bitola métrica, se interligando a linhas ainda existentes no Estado do Espírito Santo, linhas a serem reconstruídas no Estado do Rio de Janeiro, e a linhas a serem reformadas e reconstruídas no Estado de Minas Gerais, dando início a algo inédito: uma rede ferroviária integrada, uma rede com o “Estilo Leopoldina de Ser” sem saudosismo, só negócios.

· • Uma rede atendendo três estados e diversos municípios • ·


INFORMAÇÕES RELEVANTES SOBRE AS DISTÂNCIAS ENVOLVIDAS

EF – 118

Distancias
Açu x Campos  49 km
Campos x Rio de Janeiro  316 km
Rio de Janeiro x Japeri  62 km
Japeri x Barra do Pirai  46 km
Barra do Pirai x Três Rios  89 km
Total Geral 562 km
Alternativa AFTR
Distâncias
Açu x Campos  49 km
Campos x Portela  88 km
Portela Conselheiro Paulino  121 km
Conselheiro Paulino x Além Paraíba  84 km
Além Paraíba x Três Rios 77 km
Total Geral 419 km

· • Deve-se considerar uma margem de erro de 15% nas distancias • ·

O traçado atual, como proposto, da EF- 118 saindo de Açu, subindo a Serra das Araras, chegando a Três Rios e depois adentrando o estado de Minas Gerais percorrerá em torno de 562 Km.

O traçado proposto pela AFTR entre Açu e Três Rios terá 419 km
Ou seja, a proposta da AFTR tem 143 km a menos.


Vídeo mostrando as diferenças do projeto da AFTR em relação ao projeto original da EF-118

Reflete-se assim uma redução considerável no custo de construção. Além disso também são números significativos que devem ser levados em consideração.

A AFTR tem a disposição de interessados os arranjos comerciais possíveis que viabilizam a construção da EF-118 sem o foco no transporte de minério, como é a proposta atual.


E A LIGAÇÃO PARA NOVA FRIBURGO EM BITOLA MÉTRICA?

Prezado leitor, o que você entende de geopolítica? Pois bem, vamos lá, uma pequena aula. E vamos pensar um pouco fora da caixa:

Antes do COVID já estava em curso uma disputa China x Estados Unidos para repatriar a produção de diversos produtos americanos, atualmente fabricados na China. A pandemia acentuou isso, sendo assim provavelmente uma boa parte do que hoje é produzido na China deve passar a ser produzido não novamente nos Estados Unidos, que tem custos de produção elevado, mas na Índia e em outros países amigos dos Estados Unidos.

· • Por exemplo os tênis da Nike, aqueles badulaques eletrônicos, o Iphone, entre tantas outras coisas • ·

Um pouco de articulação política e mudanças em nossas legislações podem trazer para diversas regiões do Brasil essa produção, e Nova Friburgo tem enorme tradição em mecânica de precisão, tecelagem de qualidade, com uma mão de obra extremamente qualificada. Tecelagem de Dri-Fit, fabricação de aparelhos de precisão de todos os tipos… esses são apenas alguns produtos que podem passar a ser fabricados em Nova Friburgo e essa ferrovia sendo reconstruída pode ser canal de escoamento de produtos para exportação via Porto do Açu e atendendo ao mercado interno e ao mercado consumidor do Rio de janeiro e São Paulo.


MERCADO CONSUMIDOR DE SÃO PAULO, NA MÉTRICA?

Sim, querido leitor, em bitola métrica. Não se espantem. Mas esse é um outro projeto da AFTR, inédito, e que por enquanto é secreto.

O Trecho Cantagalo x Nova Friburgo x Rio de Janeiro, operado por uma nova concessionaria, é outro que deve operar dentro do “Estilo Leopoldina de Ser”, transportando todo tipo de coisa, como produtos de maior valor agregado, com máquinas de baixa potência, transportando:

  • Carga Geral
  • Lixo
  • Passageiros
  • E tendo o uso da via para passagem de rede de comunicação.

· • Isso irá dinamizar toda a economia da região • ·

A Ferrovia pode transportar tudo isso, além de servir de acesso aos veículos de serviço desenvolvidos pela AFTR como os mostrados abaixo.

>> A Ferrovia a serviço da coletividade

A forma com esse trecho entra no pacote é outra proposta da AFTR a ser apresentada às autoridades interessadas.


LOCALIDADES BENEFICIADAS

Seja transportando cargas no Padrão EFCB, ou no Padrão Leopoldina, a quantidade de localidades atendidas de imediato é considerável. Abaixo, apenas ALGUMAS delas:

RIO DE JANEIRO MINAS GERAIS
Campos Cataguazes
São Fidelis Juiz de Fora
Sumidouro Ubá
Cantagalo Caratinga
Nova Friburgo Muriaé
Cordeiro Viçosa
Sumidouro Ponte Nova
Cachoeiras de Macacu Além Paraíba

COMO FAZER?

A AFTR propõe que, na engenharia financeira para execução dessas obras, seja usada a Lei dos pontos. Detalhes estão à disposição dos interessados. Acreditamos que novos grupos empresariais venham a se interessar em participar desse projeto.

Esse projeto pode ser a porta de entrada de novas concessionarias para o negócio ferroviário.


E O LUCRO?

As 12 considerações mostradas em nossos textos sobre a Ferrovia Centro Sul Fluminense, que podem viabilizá-la economicamente, também podem ser usadas no trecho de bitola métrica da Ferrovia da Serra do Mar.


TURISMO RELIGIOSO

Além das 12 considerações apresentadas na Ferrovia Centro Sul Fluminense que possibilitam nosso modelo de negócio ser lucrativo temos no projeto da Ferrovia da Serra do Mar uma 13ª consideração: o Turismo Religioso.

A localidade de Santo Amaro, padroeiro da Baixada Campista tem uma estação ferroviária, em ruínas que pode ser reativada com toda a linha a partir do Centro do município.

Nesta imagem panorâmica da localidade de Santo Amaro, podemos ver a proximidade da estação (em ruínas, à direita) e o Santuário de Santo Amaro (torre à esquerda, encoberta pelas árvores), padroeiro da cidade de Campos dos Goytacazes.
Apenas 300 metros separam as duas construções.
Foto: Google Street View

Todo dia 15 de janeiro ocorre uma grade peregrinação dos devotos de Santo Amaro ao Santuário, no bairro de Santo Amaro. A localidade era atendida até o final de década de 1960 pelo ramal homônimo, nunca oficialmente suprimido
Foto: Portal Viu

Santuário de Porto das Caixas
Fonter: Eduardo (‘Dado’) em 2010

Porto das Caixas também possui um santuário religioso centenário, e teve uma estação ferroviária, que também que pode ser reativada, atendendo composições saindo de Campos de Goytacazes e da Estação Leopoldina para atender a esse segmento.


HOMENAGENS

Esse texto é uma homenagem ao Engenheiro, já falecido, que na década de 1980, muito angustiado, me apresentou esse traçado e de algumas dessas localidades. Portela foi uma delas, na década de 1960 quando estagiário da E.F, Leopoldina, ele viu triste tudo sendo desmantelado sem nada poder fazer.

Prestamos uma homenagem também a todos os homens abnegados, que fizeram parte do setor de cremalheiras da E.F. Leopoldina, além do sr. Santoro, nosso consultor.

Esses homens viram o desmonte da Ligação Rio x Petrópolis e o da E.F. Cantagalo, ferrovias que reformadas teriam sobrevida gerando lucro, mas que a partir de decisões gerenciais equivocadas, fizeram-nas ser extintas.

· • Essa proposta em parte foi feita originalmente por esses homens • ·

Prédio do antigo Cine Victória, em Portela
Foto: Antonio Nunes Oliveira

Sobre Portela, uma informação interessante: na década de 1960 ela chegou a ter 2 cinemas! Sim, amigos: 2 cinemas, uma vida cultural e econômica pujante, era final de linha da E.F. Cantagalo e tinha uma rotunda para as locomotivas. Rotunda, para quem não conhece, é um “nome bonito” para girador. Discutia-se na ocasião a emancipação de Itaocara para transformação em Município. Hoje é uma cidade que poucos conhecem ou ouviram falar.

Forte abraço a todos, obrigado pela atenção e até a próxima.

 

Gostou? Curtiu ? Comente ! Compartilhe !
Agradecemos a leitura. Até a próxima !

Imagem destacada: Cartão Postal da estação Ferroviária de Itaocara (antiga São José da Leonissa)
(A opinião constante deste artigo é de inteira responsabilidade do autor, não sendo, necessariamente ou totalmente, a posição e opinião da Associação)

Loading

Autor

  • Mozart Fernando

    Engenheiro Mecânico formado pela Faculdade Souza Marques em 1992, foi secretário-geral da AFTR no mandato 2017-2020 e atualmente ocupa o cargo de diretor-técnico da instituição. Iniciou sua carreira profissional em 1978 trabalhando com um engenheiro que foi estagiário da RFFSA entre 1965 e 1966. Esse Engenheiro durante esse período trabalhando no setor de cremalheiras acompanhou o desmonte da E.F. Cantagalo e conhecia diversas histórias envolvendo o desmonte da Ferrovia de Petrópolis realizado pela mesma equipe. Histórias que muitos preferem esquecer. Parte dessa convivência extremamente valiosa está transcrita nos textos publicados pela AFTR. Não se considera um “especialista” em ferrovias, outra palavra que hoje no Brasil mais desmerece do que acrescenta. Se considera um “Homem de Negócios” e entende que o setor ferroviário só terá chance de se alavancar quando os responsáveis por ele também forem homens de negócios. Diferente de rodovias, as ferrovias são negócios. E usar para ferrovias os mesmos parâmetros balizares de construção e projeto usados em rodovias redundará em fracasso. Mozart Rosa é alguém que mais que projetos, quer apresentar Planos de Negócios para o setor.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

12 − 4 =

Previous post Projetos AFTR 3 – A Ferrovia da Serra do Mar (parte 1)
Next post A legislação, os transportes, os aluados e a ITA – Itapemirim Transportes Aéreos
error: Este conteúdo não pode ser copiado assim. Caso use o arquivo, por favor cite a fonte.